A Pedagogia Waldorf na Educação Infantil

A Pedagogia Waldorf na Educação Infantil – Educar para o futuro significa encarar, a partir da própria organização escolar, os principais desafios que a atualidade nos propõe.

A Pedagogia Waldorf na Educação Infantil

A Pedagogia Waldorf, aborda a importância fundamental da educação nos primeiros 7 anos de vida do ser humano, por se tratar da fase da vida na qual é desenvolvida a organização do corpo físico, o veículo que o indivíduo irá usar como meio e instrumento para a concretização de sua missão na Terra. A educação visa proporcionar um corpo são para uma mente sã segundo a teoria de Rudolf Steiner.

Até aproximadamente os três anos de idade, o cérebro, centro nervoso, está em franco desenvolvimento, cheio de vitalidade, sendo moldado conforme os estímulos vindos do ambiente e pelas experiências corporais que fazem uso da motricidade para estimular as habilidades motoras, expressivas, cognitivas e consequentemente desenvolver a autonomia e a autoconfiança. As experiências vividas inicialmente em nível corpóreo ficam gravadas no cérebro e poderão ser usadas posteriormente como ponto inicial do pensar.

A criança que pôde desenvolver corretamente sua habilidade corpórea natural tem uma boa pré-disposição para um pensar vivo e ativo, no decorrer de toda sua vida.

Durante seu desenvolvimento, nos três primeiros anos de vida, quando por meio de um grande empenho, a criança conquista o andar ereto, o falar e inicia o processo de pensar, é a fase do aprendizado mais importante da vida. Trata-se das três capacidades intrínsecas do homem que o distinguem do animal. O acompanhamento correto desse processo é a base para a elaboração educacional para berçários e maternais. Quanto menos interferências houver nesses processos, acelerando-os ou deixando de criar condições propícias, tanto melhor para a criança (Uma das bases para a pedagogia Motessoriana).

A Pedagogia Waldorf na Educação Infantil
A Pedagogia Waldorf na Educação Infantil

Outro momento importante destacado entre os dois ou três anos de idade, é quando a criança diz “eu” enxergando a si própria como ser único. Antes era egocêntrica, egoísta por natureza; agora, ela vai despertando para o convívio social. A teimosia típica dessa idade deve ser compreendida como uma medição de forças para o conhecimento das capacidades do eu próprio.

A maturidade da criança para ingressar no jardim da infância, onde vai ter que aprender a conviver socialmente, mostra-se à medida que ela sabe lidar com o “tu”, em torno dos três a quatro anos de idade. Também é o momento em que as primeiras características do pensar se ampliam, mostrando uma grande mobilidade de pensamentos que podem se unir arbitrariamente, nem sempre fiéis à realidade exterior: A criança cria seu  mundo de brincar, que é influenciado intensamente pela imitação e pela fantasia. No ambiente corpóreo se apresenta uma crescente capacidade no uso dos braços e das mãos como também um domínio no uso da respiração. Aos cinco anos de idade, ocorre uma nova mudança de comportamento da criança. As brincadeiras se tornam mais ordenadas, numa imitação fiel da realidade vivida pela criança. As perguntas muitas vezes têm um cunho “filosófico” e também aparece a capacidade de compreender o ontem, o hoje e o amanhã, significando um novo passo no despertar do pensamento.

No âmbito corpóreo, as crianças de cinco e seis anos mostram maior habilidade no uso de pernas e pés. As habilidades corpóreas vão se desenvolvendo da cabeça aos pés, repetindo o processo formativo do feto e o processo do nascimento. Como a criança entre os primeiros 7 anos ainda não desenvolveu, por natureza, sua capacidade de raciocínio, o educador não pode apelar para uma compreensão. Ele terá que apelar a um elemento nato, ou seja, a imitação. A criança aprende a se adequar aos apelos do mundo por meio da imitação das pessoas e das ocorrências do seu redor. O educador é um exemplo que deve ser digno de ser imitado (A importância do Mediador- Teoria de Vygotsky). Ele faz parte do meio ambiente formador da criança. Na educação infantil, o educador deve estimular a imaginação e a criatividade da criança, formando uma ponte que liga o mundo verdadeiro com o imaginário fantasia, tornando assim o aprendizado mais prazeroso e eficaz.

No jardim de infância são agrupadas crianças de quatro a seis anos, porque o ambiente e as atividades desenvolvidas atendem a todas as idades, uma vez que a proposta da pedagogia Waldorf para os primeiros 7 anos é criar um ambiente propício para a formação, e não uma pré-escola com informações ou ensino formal. O jardim de infância, como o maternal, é o prolongamento do lar e não uma “ante-sala” do ensino escolar. Assim como numa família onde irmãos de idades diferentes educam-se mutuamente, também as crianças de jardim de infância, em grupos de idades mistas, têm essa mesma oportunidade. Nos primeiros 7 anos, o desenvolvimento está centrado principalmente na organização corpórea e sendo influenciado intensamente pelos estímulos do ambiente no qual a criança vive, a atenção que o educador deve dar à formação dos órgãos sensoriais é indiscutível. São os sentidos que trazem as mensagens do próprio corpo e ajudam a criança a fazer uso dessas atribuições para se adaptar ao mundo.

O educador que utiliza os conceitos da Pedagogia Waldorf, dá muita importância à qualidade dos fenômenos e objetos que justamente vão influenciar a formação e o funcionamento dos órgãos dos sentidos.

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