Como trabalhar a musicalização de maneira pedagógica

Como trabalhar a musicalização de maneira pedagógica: Artigo enviado pelo nosso parceiro “Professor Marcos L Souza – Pedagogo – Psicopedagogo – Educador.

Como trabalhar a musicalização de maneira pedagógica

As crianças ainda pequeninas ampliam os modos de expressão musical pelas conquistas vocais e corporais. Podem articular e entoar um maior número de sons, inclusive os da língua materna, reproduzindo letras simples, refrãos, onomatopeias etc. explorando gestos sonoros, como bater palmas, pernas, pés, especialmente depois de conquistada a marcha, a capacidade de correr, pular e movimentar-se acompanhando com a música.

A expressão musical das crianças nessa fase é caracterizada pela ênfase nos aspectos intuitivo e afetivo e pela exploração (sensório-motora) dos materiais sonoros. As crianças integram a música as demais brincadeiras e jogos: cantam enquanto brincam, acompanham com sons os movimentos de seus carrinhos, dançam e dramatizam as situações sonoras diversas conferindo personalidade e significados simbólicos aos objetos sonoros ou instrumentos musicais e a sua produção musical.

Objetivos:

O trabalho com a Música deve se organizar de forma a que as crianças desenvolvam as seguintes capacidades:

  • Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais;
  • Brincar com a música, imitar, inventar e reproduzir canções musicais.

O fazer musical:

  • Exploração, expressão, produção do silêncio e de sons com a voz, o entorno e materiais sonoros diversos.
  • Interpretação de música e canções diversas.
  • Participação em brincadeiras e jogos cantados e rítmicos.

No primeiro ano de vida, a prática musical poderá ocorrer por meio de atividades lúdicas. O professor estará contribuindo para o desenvolvimento da percepção e atenção dos bebês quando canta para eles; produzem sons vocais diversos por meio da imitação de vozes de animais, ruídos etc, ou sons corporais, como palmas batidas nas pernas, pés, etc., embala-os e dança com eles. As canções de ninar tradicionais, os brinquedos cantados e rítmicos, as rodas e cirandas, os jogos com movimentos, as brincadeiras com palmas e gestos sonoros corporais.

Os primeiros anos de aprendizagem são propícios para que a criança comece a entender o que é a linguagem musical, aprenda a ouvir sons e a reconhecer diferenças entre eles. “Todo o trabalho a ser desenvolvido na educação infantil deve buscar a brincadeira musical, aproveitando que existe uma identificação natural da criança com a música. A atividade deve estar muito ligada à descoberta e à criatividade”. Brincando, as crianças estarão exercitando as habilidades que serão exigidas durante os anos seguintes.

Apreciação musical:

  • Com histórias, fantoches, dramatizações, cativar a criança para que comece a frequentar a aula de música perdendo o medo do novo,
  • Usar o carnaval para desenvolver o tema e participar de um baile carnavalesco,
  • Introduzir um instrumento musical do carnaval, como o tambor, por exemplo,
  • Utilização da flauta para audições instrumentais,
  • Socializar através da música,
  • Contato inicial com instrumentos de percussão, utilizando-os também como objetos sonoros para emitir respostas musicais, a partir de estímulos dados pelo professor,
  • Exploração de alguns instrumentos de pequena percussão como, guizos, chocalhos, caxixis, castanholas, tambores, livremente e mais tarde orientados pelo professor,
  • Escutar músicas,
  • Intervenções feitas com os instrumentos nas músicas já escutadas anteriormente,
  • Introduzir instrumentos nas canções (clavas, tambor, etc.)
  • Desenvolver a coordenação motora:
  • Exploração do corpo,
  • Percepção das partes do corpo separadamente,
  • Vivenciar os movimentos corporais através da música
  • Exploração do movimento corporal
  • Desenvolver a memória musical:
  • Linguagem oral e vocabulário,
  • Cantar canções curtas e de fácil memorização com temas sobre o corpo, como: bater palmas, bater pés, gestos com os dedos, tornozelos, etc.,
  • Desenvolver a percepção auditiva,
  • Capacidade de se concentrar,
  • Capacidade de imitar,
  • Escutar várias gravações das músicas cantadas,
  • Exploração da música e da cultura popular:
  • Divulgar nossa cultura, conhecer canções e brincadeiras populares,
  • Folclore,
  • Brincos,
  • Cantigas de ninar,
  • Diferenciação de sons:
  • Sons: agudos e graves,
  • Perceber os sons grossos e finos.
Como trabalhar a musicalização de maneira pedagógica
Como trabalhar a musicalização de maneira pedagógica

CRIANÇAS COM IDADES ENTRE 4 E 6 ANOS.

Escuta de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países.

Nessa faixa etária, o trabalho com a audição poderá ser mais detalhado, acompanhando a ampliação da capacidade de atenção e concentração das crianças. As canções infantis veiculadas pela mídia, produzidas pela indústria cultural, pouco enriquecem o conhecimento das crianças. As crianças podem perceber sentir e ouvir, deixando-se guiar pela sensibilidade, pela imaginação e pela sensação que a música lhes sugere e comunica.

A produção musical de cada região do país é muito rica, de modo que se pode encontrar vasto material para o desenvolvimento do trabalho com as crianças. O contato das crianças com produções musicais diversas deve, também, prepará-las para compreender a linguagem musical como forma de expressão individual e coletiva e como maneira de interpretar o mundo.

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil do MEC recomenda a Iniciação Musical na pré-escola e dá ênfase à escolha do repertório, uma das chances que o professor tem de ampliar a visão (e a audição) de mundo do aluno. A música deve ser de boa qualidade, variando desde MPB, músicas folclóricas, cantigas de roda, regionais, até eruditas.

Trabalhar com música na educação infantil melhora a sensibilidade, o raciocínio lógico e a expressão corporal.

A música é a linguagem que organiza som e silêncio. A criança vai tomar consciência da linguagem musical se conseguir ouvir e diferenciar sons, ritmos e alturas, saber que um som pode ser grave ou agudo, curto ou longo, forte ou suave.

Apreciação musical:

  • – Instrumentar as músicas e as atividades realizadas no período,
  • – Os instrumentos musicais que:
  • – Mais gostam e que menos gostam,
  • – Sua utilidade,
  • – Como e porque construir um instrumento musical,
  • – O aproveitamento de sucata para isso e sua importância ecológica nesse fazer,
  • – Perceber e descobrir a importância dos instrumentos musicais para a música,
  • – Desenvolver o respeito pela natureza através da música,
  • – Propiciar ambiente e material para criação de alguns instrumentos musicais de fácil execução,
  • – Favorecer o trabalho em grupo,
  • – Montar arranjos musicais com os instrumentos construídos.
  •  – Desenvolver a coordenação motora:
  • – Usar todas as aulas do período para desenvolver atividades que proponham movimentar o corpo sobre vários ritmos e canções,
  • – Desenvolver a coordenação motora fina,
  • – Poder se expressar espontaneamente combinando movimento e música,
  • – Improvisar movimentos/ maior desenvoltura na ação para:
  • – Desinibir,
  • – Socializar,
  • – Poder se expressar espontaneamente combinando movimento e música,
  • – Improvisar movimentos/ maior desenvoltura na ação,
  • – Produzir sons com as partes do corpo separadamente, organizando-as numa percussão corporal,
  • – Descobrir, experimentar, reconhecer e inventar sons com o corpo,
  • – Movimentos rítmicos,
  • – Facilitar a ampliação dos movimentos conhecidos,
  • – Ampliar o respeito pelo outro,
  • – Introduzir a reflexão musical (analisando, criticando, discutindo em grupo as danças e coreografias montadas).
  • – Desenvolver a memória musical:
  • – Desenvolver a expressão verbal (versos na roda),
  • – Escutar a si e ao outro,
  • – Respeitar o outro quando escolhido,
  • – Respeitar a sequência da brincadeira,
  • – Desenvolver o pensamento lógico,
  • – Desenvolver concentração,
  • – Desenvolver atenção,
  • Exploração da música e da cultura popular:
  • – As comemorações servem de apoio para o desenvolvimento musical,
  • – Coletar músicas folclóricas com as crianças:
  • – O que é folclore?
  • – De onde vem o folclore.
  • – Ampliar a marcação do ritmo e pulso,
  • – Trabalhar pulso de músicas folclóricas,
  • – Relembrar os instrumentos utilizados no folclore brasileiro, introduzir outros novos, exemplo: Agogô, Ganzá, Chocalhos.
  • – Resgatar histórias, cantigas, canções e brincadeiras que foram ensinadas por nossas mães, avós, babás e que estão esquecidas,
  • – Brincadeiras de roda,
  • – Conversar sobre o folclore e a cultura popular brasileira,
  • – Escolher outro país para cantar canções folclóricas de lá,
  • – Incentivar e desenvolver as brincadeiras de roda usando cantigas folclóricas,
  • – Pesquisar sobre a origem dos instrumentos.
  •  – Diferenciação de sons:
  • – Progredir no controle da voz ampliando sua expressão verbal,
  • – Conhecimento das qualidades do som, altura do som agudo e grave,
  • – Perceber timbres, representando os movimentos, agrupando e organizando,
  • – Perceber a diferença entre agudos e graves, desenvolver a linguagem oral através da música,
  • – Atividades que incentivem as crianças a imitar ruídos (telefone, pingo d’água, unha de gato riscando e arranhando),
  • – Explorar o som da própria voz (gritando, chorando, sussurrando, murmurando),
  • – Formar grupos dos sons,
  • – Introduzir o silêncio,
  • – Trabalhar o timbre,

OBSERVAÇÕES

Para as crianças nesta faixa etária, os conteúdos relacionados ao fazer musical deverão ser trabalhados em situações lúdicas, fazendo parte do contexto global das atividades.

A escuta é uma das ações fundamentais para a construção do conhecimento referente à música. O professor deve procurar ouvir o que dizem e cantam as crianças, a “paisagem sonora” de seu meio ambiente e a diversidade musical existente: o que é transmitido por rádio e TV, as músicas de propaganda, as trilhas sonoras dos filmes, a música do folclore, a música erudita, a música popular, a música de outros povos e culturas.

As marcas e lembranças da infância, os jogos, brinquedos e canções significativas da vida do professor, assim como o repertório musical das famílias, vizinhos e amigos das crianças, podem integrar o trabalho com música.

É importante desenvolver nas crianças atitudes de respeito e cuidado com os materiais musicais, de valorização da voz humana e do corpo como materiais expressivos.

Organização do tempo

Cantar e ouvir músicas com frequência e de forma permanente nas instituições. Podem ser também, realizados projetos que integrem vários conhecimentos ligados à produção musical. A construção de instrumentos, por exemplo, pode se constituir em um projeto por meio do qual as crianças poderão:

  • Explorar materiais adequados à confecção;
  • Desenvolver recursos técnicos para a confecção do instrumento;
  • Informar-se sobre a origem e história do instrumento musical em questão;
  • Vivenciar e entender questões relativas à acústica e produção do som;
  • Fazer música, por meio da improvisação ou composição, no momento em que os instrumentos criados estiverem prontos.

JOGOS E BRINCADEIRAS

A música, na educação infantil mantém forte ligação com o brincar. Em todas as culturas as crianças brincam com a música. Os jogos e brinquedos musicais da cultura infantil incluem os acalantos (cantigas de ninar); as parlendas (os brincos, as mnemônicas e as parlendas propriamente ditas); as rondas (canções de roda); as adivinhas; os contos; os romances etc.

Os acalantos e os chamados brincos são as formas de brincar musical característicos da primeira fase da vida da criança. Os jogos sonoro-musicais possibilitam a vivência de questões relacionadas ao som (e suas características), ao silêncio e à música.

Jogos de escuta dos sons do ambiente, de brinquedos, de objetos ou instrumentos musicais; jogos de imitação de sons vocais, gestos e sons corporais; jogos de adivinhação nos quais é necessário reconhecer um trecho de canção, de música conhecida, de timbres de instrumentos etc.; jogos de direção sonora para percepção da direção de uma fonte sonora; e jogos de memória, de improvisação etc. são algumas sugestões que garantem às crianças os benefícios e alegrias que a atividade lúdica proporciona e que, ao mesmo tempo, desenvolvem habilidades, atitudes e conceitos referentes à linguagem musical.

ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO

O espaço no qual ocorrerão às atividades de música deve ser dotado de mobiliário que possa ser disposto e reorganizado em função das atividades a serem desenvolvidas.

As fontes sonoras

O trabalho com a música deve reunir toda e qualquer fonte sonora: brinquedos, objetos do cotidiano e instrumentos musicais de boa qualidade. Podem-se confeccionar diversos materiais sonoros com as crianças, bem como introduzir brinquedos sonoros populares, instrumentos étnicos etc. O trabalho musical a ser desenvolvido nas instituições de educação infantil pode ampliar meios e recursos pela inclusão de materiais simples aproveitados do dia-a-dia ou presentes na cultura da criança.

Os brinquedos sonoros e os instrumentos de efeito sonoro são materiais bastante adequados ao trabalho com bebês e crianças pequenas. Os vários tipos, como bongôs, surdos, caixas, pandeiros, tamborins etc., estão muito presentes na música brasileira. Ao experimentar tocar instrumentos como violão, cavaquinho, violino etc., as crianças poderão explorar o aspecto motor, experimentando diferentes gestos e observando os sons resultantes.

É aconselhável que se possa contar com um aparelho de som para ouvir música e, também, para gravar e reproduzir a produção musical das crianças.

Diferentes tipos de sons (curtos, longos, em movimento, repetidos, muito fortes, muito suaves, graves, agudos etc.) podem ser traduzidos corporalmente.

EXERCÍCIOS PARA CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS

Mostram que o som pode ser grave ou agudo, forte ou fraco, rápido ou lento. E dá o primeiro passo rumo à escrita musical. Quando se pede para a criança de quatro a seis anos desmontar as teclas do xilofone e remontá-las por ordem de tamanho, ela descobrirá que peças de tamanhos diferentes emitem sons variados. Provavelmente a diferença entre eles será tratada como o som “grosso” e o som “fino”. Explique a ela que o “grosso” chama-se grave e o “fino”, agudo.

Preencha três latas de refrigerante iguais, uma com pedras, outra com feijão e outra com arroz. Peça para seus alunos identificarem qual som é mais grave, qual é mais agudo e qual fica na faixa média. Aqui há uma evolução na aprendizagem iniciada com a seriação das notas no xilofone, pois, apesar das latas terem a mesma forma e tamanho, emitem sons diferentes.

Peça para a turma colocar a lata com o som mais grave debaixo da mesa, a com o som médio sobre a mesa e a que for mais aguda em cima da cadeira. Em seguida, usando bolinhas de fita crepe, associe cada linha na lousa ao som de uma lata, colocando o som mais grave na linha de baixo, o médio na linha do meio e o agudo na linha alta. Desta forma, eles estarão dando o primeiro passo para entender o que é registro sonoro: a passagem do som para sua forma escrita.

Use as latinhas para trabalhar outros conceitos importantes na música. Sacudindo uma delas de maneira forte ou fraca, você mostra a diferença de intensidade do som; agitando rápida ou vagarosamente, trabalha-se a noção do andamento. Crianças nesta idade costumam confundir os dois conceitos e uma pulsação rápida tende a ser compreendida como forte. Mostre a eles como um som pode ser fraco (na intensidade) e rápido (no andamento) ou forte e lento. Latinhas na mão será a vez deles testarem.

 SOBRE A AVALIAÇÃO

A avaliação na área de música deve ser contínua, levando em consideração os processos vivenciados pelas crianças, resultado de um trabalho intencional do professor. Deve basear-se na observação cuidadosa do professor. Por meio da voz, do corpo, de instrumentos musicais e objetos sonoros deverão interpretar improvisar e compor, interessadas, também, pela escuta de diferentes gêneros e estilos musicais e pela confecção de materiais sonoros.

Uma maneira interessante de propiciar a auto avaliação das crianças nessa faixa etária é o uso da gravação de suas produções. Ouvindo, as crianças podem perceber detalhes: se cantaram gritando ou não; se o volume dos instrumentos ou objetos sonoros estava adequado; se a história sonorizada ficou interessante; se os sons utilizados se aproximaram do real etc.

Lembre-se que o objetivo principal da musicalização infantil não é formar grandes e virtuosos músicos ou musicistas, é formar apreciadores musicais.  

ALGUMAS METODOLOGIAS DE MUSICALIZAÇÃO

Os trabalhos com musicalização são atividades praticadas desde a primeira infância e podem ser incluídas na grade escolar da pré-escola. Os conservatórios e outras escolas de música utilizam a musicalização infantil como iniciação aos cursos de instrumentos.

Existem vários métodos de musicalização conhecidos mundialmente. Essas atividades usam técnicas diferenciadas, mas, tem como objetivo conseguirem bons resultados do desenvolvimento da criança junto com a música, criando um vínculo que aproxima o ser humano da arte musical e aprimorando suas habilidades sensoriais, motoras e perceptivas.  Dentre várias metodologias na prática do ensino musical infantil, vou ser mais direto, resumindo, citarei a seguir apenas 4 métodos bem conhecidos:

1 – Método Orff

Desenvolvido pelo compositor alemão Carl Orff, sua metodologia utiliza de instrumentos especialmente adaptados para crianças, incluindo xilofones, metalofones pentatônicos e tambores de pequenas dimensões. O aluno é levado a construir sua própria noção de música através de exercícios rítmicos, melódicos e harmônicos. Sempre trabalhando em grupos, os alunos se interagem e se estimulam mutuamente.

2 – Método Kodály

 Criado pelo compositor húngaro Zoltán Kodály, sua metodologia é baseada no desenvolvimento da percepção rítmica e melódica através de exercícios que utilizam o canto e atividades corporais. Os aspectos mais conhecidos deste método são as sílabas rítmicas (o solfejo rítmico é feito utilizando uma sílaba diferente para cada duração) e o solfejo manual (a utilização de gestos com as mãos para representar os intervalos ou graus da escala musical).

3 – Método Willems

Criado pelo professor belga Edgar Willems, sua metodologia é hoje uma das mais importantes aplicações na educação musical em todo o mundo. Willems produziu durante sua vida, um valioso material didático para o desenvolvimento do ouvido musical. Descobrindo a interligação existente entre a música e o ser humano, ele relacionou o triplo aspecto do homem (fisiológico, afetivo e mental) com os elementos característicos da música (ritmo, melodia e harmonia).

Sua metodologia propõe uma educação musical ativa e criadora, seguindo as etapas do desenvolvimento psicológico da criança, dando asas a sua imaginação, motivando a criação e improvisação musical.

4 – Método Suzuki

Criado por Shinichi Suzuki para o ensino do violino. Nascido em Nagoya, filho de um luthier, estudou violino no Japão e na Alemanha. Em 1946, ele lançou o Movimento de Educação para o Talento no Japão: a sua premissa é que todo indivíduo possui talentos que podem ser desenvolvidos pela educação. O método Suzuki se baseia na sua observação do modo rápido e natural como as crianças pequenas aprendem a língua materna. Sua primeira escola, fundada em 1950 em Nagano, viu surgirem em curto prazo vários violinistas famosos. Era filho do dono da maior fábrica de instrumentos de cordas do Japão

Seu método se apoia na repetição e memorização, distanciando-se dos princípios defendidos pelos modernos educadores que baseiam suas propostas em outros conceitos de aprendizagem, de construção do conhecimento a partir de hipóteses.

REFLEXÃO

Um dos objetivos que me fizeram publicar esta pesquisa foi querer compartilhar com vocês práticas comprovadas dentro deste tema educacional (Musicalização Infantil) de importantíssima relevância não só para os educadores em geral mais principalmente para os pais que tem em suas mãos a mais sagrada das missões terrenas, a de educar os filhos e instruí-los para que os preparem para fazer parte da grande orquestra “VIDA”.

HÁ milênios a música já era utilizada na formação do caráter das crianças (Aprendizes e Discípulos) por seus “MESTRES” professores filósofos do mundo todo. A música é a mais poderosa ferramenta educacional de aprendizagem, por quê? Simples: A música trabalha diretamente com a criatividade, a sensibilidade, a matemática, a filosofia, a literatura, a motricidade, aguça os sentidos, e este são apenas alguns poucos exemplos citados, em resumo, a música tem o poder de aprimorar o ser humano e atua diretamente em seu gene.

No que se refere à educação musical nas escolas públicas e privadas como matéria especial e que faz parte do curriculum escolar do aluno, muitos pais, educadores e principalmente gestores escolares tem uma noção totalmente errada de como é o ensino da música ou da maneira mais correta de dizer do ensino da musicalização infantil nestes estabelecimentos de educação. Bom, à primeira correção a ser feita pelo educador musical ou (Professor de Musicalização infantil) é explicar aos demais colegas de profissão e se possível aos pais que o objetivo do ensino da música em um ambiente escolar fora das escolas de música convencionais não é a formação de músicos profissionais e sim formar apreciadores musicais, no entanto, a musicalização infantil contribui em muito e é uma excelente ferramenta pedagógica para ser utilizada em parceria dentro de  qualquer matéria escolar como: gramática, produção de textos, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira, história e por ai vai.

Feito esta primeira correção ficará com certeza muito mais clara aos pais, professores e gestores o dever de nossa tarefa dentro da sala de aula.

A princípio para outros olhares pode à primeira vista parecer uma tarefa educacional sem muita importância, neste caso basta relembrar as mentes mais incrédulas da filosofia defendida por vários mestres da antiguidade como: Platão, Aristóteles, Diógenes, Descartes, Volteire, Nietzsche e vários outros que tinham a música como base de sua filosofia educacional.

Pais e educadores desfrutem destas páginas, coloquem em prática o poder da musicalização, não somente direcionando seus filhos e alunos para serem grandes apreciadores musicais, mais todos podemos nos beneficiar deste remédio gratuito e sem contraindicação que é a “MÚSICA”.


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