Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar é um distúrbio mental grave no qual o indivíduo apresenta períodos alternados de depressão, mania e alterações de humor.

O transtorno bipolar também é chamado de distúrbio bipolar, doença bipolar e doença maníaco-depressiva e afeta igualmente os homens e as mulheres, tendo início na adolescência ou a partir dos 30 anos de idade.

Veja Também: Síndrome de Asperger.

Transtorno Bipolar

Transtorno Bipolar - O que é - Sintomas - Dicas para pais e professores.

Como as crianças se sentem quando descobrem que têm um transtorno de humor?

Com medo, envergonhadas, ou com raiva. “Por que eu?” elas pensam.  Ficam tristes porque seus cérebros não estão funcionando como o das outras crianças. Ficam assustadas imaginando se vão melhorar. Ficam agradecidas por saber o que está errado e que há ajuda e esperança.

Transtorno Bipolar – Sintomas

Os sintomas do transtorno bipolar são as variações drásticas de humor que podem incluir:

Fase maníaca

  • Distrairse facilmente
  • Redução da necessidade de sono
  • Capacidade de discernimento diminuída
  • Pouco controle do temperamento
  • Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas
  • Manter relações sexuais com muitos parceiros
  • Gastos excessivos
  • Hiperatividade
  • Aumento de energia
  • Pensamentos acelerados que se atropelam
  • Fala em excesso
  • Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades)
  • Grande envolvimento em atividades
  • Grande agitação ou irritação.

A fase maníaca do transtorno bipolar pode durar dias e até mesmo meses. Os sintomas acima são mais comuns em pessoas que tem o tipo 1 da doença. No tipo 2, os sinais são similares, mas menos intensos.

Fase depressiva

  • Desânimo diário ou tristeza
  • Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões
  • Perda de peso e perda de apetite
  • Comer excessivamente e ganho de peso
  • Fadiga ou falta de energia
  • Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado
  • Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas
  • Baixa autoestima
  • Pensamentos sobre morte e suicídio
  • Problemas para dormir ou excesso de sono
  • Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas.

O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas.

Em alguns casos, as duas fases se sobrepõem. Os sintomas maníacos e depressivos podem ocorrer juntos ou rapidamente um após o outro. Isso recebe o nome de estado misto.

Transtorno bipolar tem cura?

O transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado com a ingestão dos medicamentos receitados pelo médico psiquiatra e com as sessões de psicoterapia.

O que posso fazer para ficar bem?

  • Siga as instruções do seu médico sobre tomar os remédios.
  • Lembre-se que pode levar algum tempo até você começar a se sentir melhor.
  • Descubra o que a doença faz você fazer, dizer ou pensar. Diga a seus pais e ao seu médico se essas coisas voltarem, para que você possa obter ajuda imediatamente.
  • Faça desenhos ou escreva sobre como você se sente.
  • Converse com outras crianças que têm a mesma doença.
  • Conte aos seus pais ou professores se você estiver preocupado com as coisas que acontecem na escola ou com os amigos.
  • Dê uma caminhada, ande de bicicleta ou dê um mergulho.
  • Coma alimentos saudáveis, faça exercícios e durma bastante.
  • Se você se sentir deprimido, conte para alguém.
  • Vá para fora tomar sol ou assista filmes engraçados.
  • Vá para a cama e acorde na mesma hora todos os dias.
  • Se a sua doença se agravar, lembre-se que você vai se sentir melhor.
  • Nunca perca a esperança.

PAIS: O que você pode fazer para o seu filho

  • Saiba mais sobre os transtornos de humor e os tratamentos para depressão, transtorno bipolar e outras doenças que seu filho possa ter.
  • Mantenha um diário de humor do seu filho, anotando sua energia, comportamento, comunicação de preocupações, resposta ao tratamento e sono. Compartilhe isso com o médico.
  • Leve seu filho para ser avaliado por um psiquiatra infantil, com experiência em transtornos de humor de início precoce.
  • Leve seu filho para ver um neuropsicólogo ou psicólogo educacional e ser avaliado sobre as dificuldades ocultas de aprendizagem que possam causar-lhe estresse na escola.
  • Priorize os sintomas e resolva-os por ordem de gravidade.
  • Ajude seu filho a manter uma rotina de sono, refeições e atividades.
  • Antecipe ou evite situações estressantes, limite filmes e programas de TV que sejam amedrontadores e esteja preparado para sair dos eventos mais cedo, se necessário.
  • Evite luzes brilhantes, barulho, lojas grandes e grupos, que possam ser super estimulantes.
  • Nunca dê ao seu filho outros medicamentos (prescritos, que podem ser comprados sem receita ou “naturais”/ fitoterápicos) sem consultar primeiro o médico dele.
  • Use uma música suave, fitas de relaxamento, luzes difusas, banhos quentes e massagem para ajudá-lo a adormecer.
  • Aprenda mais sobre o valor terapêutico de animais de estimação.

PAIS: Coisas para fazer para si mesmos

  • Lembre-se que você não causou o transtorno de humor do seu filho.
  • Ignore comentários críticos feitos por amigos, parentes e estranhos bem-intencionados.
  • Cuide-se fazendo exercícios, comendo direito e dormindo o suficiente.
  • Procure ajuda se você não puder comer ou dormir, ou se desenvolver ansiedade ou sintomas de humor (acontece com muitos pais).
  • Confie em seus instintos. Obtenha uma segunda ou terceira opinião, se o conselho de um profissional não fizer sentido para você.
  • Mantenha a esperança. Encontre consolo espiritual e saídas criativas.
  • Junte-se a um grupo de apoio e encontre outros pais de crianças com transtornos de humor.

Transtorno Bipolar – Dicas para professores

Os transtornos de humor e medicamentos usados ​​para tratá-los pode afetar uma criança no:

  • Comparecimento às aulas.
  • Atenção e concentração.
  • Sensibilidade à luz, barulho e estresse
  • Motivação e energia disponível para a aprendizagem

O funcionamento de uma criança pode variar muito em diferentes momentos ao longo do dia, da estação e do ano escolar. A flexibilidade é importante.

Algumas estratégias úteis:

  • Eduque-se. Saiba mais sobre transtornos de humor e os efeitos colaterais de tratamentos prescritos para seu(s) aluno(s).
  • Identifique e reduza os estressores: forçar muito o uso dos sentidos, tédio, bullying, lição de casa e competição.
  • Sugerir testes psicoeducacionais.
  • Identifique uma pessoa e o local na escola onde a criança possa ir se os sintomas tornarem-se muito fortes.
  • Desculpe atrasos e ausências por fadiga, ansiedade, depressão e outros sintomas.
  • Solicite treinamento sobre estratégias para ajudar os alunos com transtornos de humor.
  • Lembre-se que voz baixa e uma atitude calma são mais eficazes do que o confronto.
  • Facilite a comunicação freqüente entre o lar da criança e a escola usando um caderno vai-e- volta, telefonemas ou e-mail.
  • Forneça à criança acesso ilimitado à água para beber e ir ao banheiro.
  • Incentive a expressão e a aprendizagem por meio da arte, música e escrita criativa.
  • Seja flexível com as atribuições, deveres de casa e técnicas de testes.
  • Para transições mais suaves, permita tempo extra e avise previamente cada mudança de pessoal ou de rotina.
  • Permita movimento físico e pausas freqüentes por necessidade dos alunos.
  • Esteja ciente das mudanças que sinalizam recaída. Pergunte aos pais e ao médico o que observar e como você pode ajudar.
  • Fale sobre os transtornos de humor para todos os seus alunos.
  • Não permita brincadeiras, insultos ou xingamentos.

Como lidar com transtorno de comportamento na escola?

Uma escola reúne estudantes de personalidades completamente diferentes. Há aqueles alunos mais calmos, os mais introspectivos, os comunicadores e aqueles que nunca obedecem às regras. Nesse último caso, ministrar uma atividade em sala de aula pode ser um exercício de paciência e tanto. Porém, é preciso que se tenha muita cautela com as crianças, porque os transtornos de comportamentos são muito mais complexos que uma simples birra.

A educação infantil deve estar pronta para receber os pequenos de uma forma geral, mas é bem verdade que os mais questionadores, por exemplo, representam um desafio para o educador. Quando você se depara com um aluno que apresenta tais características, a melhor maneira é saber lidar com cada particularidade trazida ao ambiente escolar.

Como lidar então?

O ponto em comum de todas as maneiras de lidar com o transtorno de comportamento é o diálogo. É importante sempre estabelecer a comunicação entre a criança e o adulto. Pergunte a ela o motivo de tanta desobediência e procure ter a confiança do pequeno. Certamente que isso não é tão simples assim, mas existem caminhos que visem à diminuição dos casos dessas condutas:

– Terapia em família: grupos de apoio que trabalham o desenvolvimento da relação entre pais e filhos são uma ótima alternativa. Nessa situação, especialistas orientam os pais a estabelecerem uma comunicação efetiva com o pequeno, além de mostrarem a eles os limites que devem ser colocados no comportamento da criança.

– Acompanhamento psicológico: a criança que apresenta algum transtorno de comportamento na escola também pode encontrar meios de melhorar sua relação e interação com os ambientes em que está. O acompanhamento psicológico pode significar um caminho muito bom para o pequeno, a partir do momento em que a terapia poderá ajudá-lo a conviver com todos à sua volta.

– Equipe multidisciplinar: nada mais indicado que atuar junto com uma equipe diversificada, que reúna terapeutas e professores de escola na busca pela melhora de conduta da criança.

E os pais?

Pais e responsáveis devem estabelecer uma comunicação bastante satisfatória com o grupo pedagógico e terapêutico a fim de chegarem a uma resposta adequada ao transtorno apresentado.

É muito importante que todos tenham paciência com a criança, uma vez que ela precisa encontrar nos adultos tanto confiança quanto autoridade. O fato de agir com cautela não significa deixar de impor limites. Muito pelo contrário, os limites são indispensáveis. Acompanhamento adequado e atenção dos pais são itens determinantes para o transtorno de comportamento.

Fonte: neurosaber.com.br


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