Como trabalhar com autismo infantil? O que é Autismo?

Como trabalhar com autismo infantil? O que é Autismo?

O que é Autismo?

O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem influência genética e é causado por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, por exemplo.

Caracteriza-se por dificuldades significativas na comunicação e na interação social, além de alterações de comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos, como balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino.

Para o autista, o relacionamento com outras pessoas costuma não despertar interesse. O contato visual com o outro é ausente ou pouco frequente e a fala, usada com dificuldade. Algumas frases podem ser constantemente repetidas e a comunicação acaba se dando, principalmente, por gestos. Por isso, evita-se o contato físico no relacionamento com o autista – já que o mundo, para ele, parece ameaçador. Insistir neste tipo de contato ou promover mudanças bruscas na rotina dessas crianças pode desencadear crises de agressividade.

Para minimizar essa dificuldade de convívio social, vale criar situações de interação. Respeite o limite da criança autista, seja claro nos enunciados, amplie o tempo para que ele realize as atividades propostas e sempre comunique mudanças na rotina antecipadamente. A paciência para lidar com essas crianças é fundamental, já que pelo menos 50% dos autistas apresentam graus variáveis de deficiência intelectual. Alguns, ao contrário, apresentam alto desempenho e desenvolvem habilidades específicas – como ter muita facilidade para memorizar números ou deter um conhecimento muito específico sobre informática, por exemplo. Descobrir e explorar as ‘eficiências’ do autista é um bom caminho para o seu desenvolvimento.

 

Como trabalhar com autismo infantil?

Controle da raiva, terapia familiar, terapia comportamental, processamento sensorial, terapia assistida por animais e tele-prática.
Dicas para Professores que trabalham com Autistas

Miguel Higuera Cancino especialista em autismo há 30 anos, publicou seu livro “Mi hijo no habla” relatando as experiências com seu filho autista. Miguel é fonoaudiólogo com largo conhecimento sobre o espectro autista. Ele nos deixa 13 valiosas dicas aos professores que atuam com crianças autistas:

1 – Pedir às famílias um relatório dos interesses, preferências e coisas que causam desagrado a cada criança.

2 – Utilizar preferências e materiais de agrado para a criança na aula o no pátio para estabelecer um vínculo com a escola e as pessoas do ambiente escolar.

3 – Trabalhar por períodos curtos, de cinco a dez minutos, em atividades de complexidade crescente, incorporando gradativamente mais materiais, pessoas ou objetivos.

4 – Falar pouco, somente as palavras mais importantes (geralmente um autista não processa muita linguagem cada vez).

5 – Utilizar gestos simples e imagens para apoiar o que é falado e permitir a compreensão (os autistas são mais visuais que verbais).

6 – Desenvolver rotinas que a criança possa predizer ou antecipar (pela repetição e com o apoio de imagens que mostram o que vai ser feito no dia).

7 – Estimular a participação em tarefas de arrumar a sala, ajudar a entregar materiais às outras crianças, etc.

8 – Entregar objetos no canal visual. O adulto deve ter o objeto na mão diante dos olhos para que a criança possa pegar o objeto tendo o rosto do adulto dentro do seu campo de visão.

9 – Respeitar a necessidade de estar um momento sozinho, de caminhar ou dar saltos ou simplesmente perambular para se acalmar (pode ser utilizado como prêmio após uma atividade).

10 – Tentar conhecer as capacidades de cada criança para utilizá-las como entrada para as atividades de ensino (pintar, recortar, etc.).

11 – Evitem falar muito, muito alto e toda situação que envolva muito estímulo (pode ser até nocivo para a criança).

12 – Pergunte sempre como foi a tarde ou o dia anterior, a qualidade do sono ou se houver alguma alteração da rotina para se antecipar a estados emocionais de ansiedade. Em caso de ansiedade, procure utilizar elementos de interesse e preferência da criança, com menor exigência para não ter birras ou maior ansiedade.

13 – Em casos de birra, é importante ter algum conhecimento de técnicas de modificação de conduta (time out, desvio de atenção, etc.), mas a primeira dica é não se apavorar, tentar oferecer outros objetos e, no caso de não conseguir acalmar a criança, explicar à turma o que está acontecendo e desenvolver atividade com o grupo em outro lugar e dar a possibilidade da criança com TEA de se acalmar.

Controle da raiva

Método 1 – Acalmando a criança durante a crise

1° Acalmando a criança durante a crise.

2° Abrace

3° Coloque a criança de castigo.

4° Aprenda a identificar a diferença entre crises nervosas reais e falsas.

5° Esteja preparado para futuras crises.

6° Chame a polícia, se necessário.

Método 2 – Evitando crises nervosas

1° Mantenha a criança entretida.

2° Tire a criança da situação estressante.

3° Faça uma gravação em vídeo da crise e mostre para ela depois.

4° Explique a diferença entre comportamentos bons e maus.

5° Use reforço positivo.

6° Use um quadro de estrelas.

Método 3 – Entendendo as causas das crises

1° Cuidado com ambientes muito estimulantes.

2° Esteja ciente de problemas de comunicação.

3° Não sobrecarregue a criança com informação.

4° Evite se afastar muito da rotina normal da criança.

5° Tenha cuidado ao intervir desnecessariamente.

Fonte: http://pt.wikihow.com/Lidar-com-Crises-Nervosas-em-Crian%C3%A7as-com-Autismo-e-Asperger

Terapia familiar

Aconselhamento que ajuda as famílias a resolverem conflitos e terem uma comunicação mais eficaz.

Análise do comportamento aplicada (ABA)

Um método de ensino que ajuda crianças autistas a aprenderem habilidades sociais importantes, incentivando o comportamento positivo. Sendo uma abordagem da psicologia comportamental que foi adaptada e aplicada ao ensino de crianças com autismo.

Terapia ABA – Ensino por tentativas discretas

ABA na escola – Mostrando na prática

Terapia comportamental

Terapia que tem como foco a modificação de comportamentos prejudiciais associados a um distúrbio psicológico.

Exposição com prevenção de respostas.

Confrontar uma situação ou estímulo temido. Ex.: o paciente obsessivo-compulsivo é instigado a refrear a lavagem de suas mãos após mergulhá-las em água suja.

Flooding ou Inundação

É uma modalidade de exposição in vivo em que um indivíduo fóbico é exposto ao objeto ou situação mais temido por um período prolongado sem oportunidade de fugir.

Reforçamento seletivo

Reforço de comportamento específico, muitas vezes mediante o uso de fichas que podem ser trocadas por recompensas.

Treinamento de Relaxamento

Relaxar diferentes grupos musculares em sequência, imaginar imagens relaxantes, praticar exercícios de respiração.

Processamento sensorial

A forma como o sistema nervoso recebe mensagens dos sentidos e as transforma em respostas motoras e comportamentais adequadas.

Como trabalhar com autismo infantil: Terapia assistida por animais

Uso de animais para melhorar o bem-estar físico, emocional e social dos seres humanos.

Reportagem realizada para a disciplina de Telejornalismo sobre Terapia Assistida por Animais (TAA).
O tratamento, que é parte do projeto pedagógico do curso de Psicologia da Universidade Braz Cubas, consiste em utilizar cachorros durante sessões de psicoterapia, no acompanhamento de crianças com diagnósticos diversos.

Tele-prática

Uso de Internet de alta velocidade, webcams, Skype e outras tecnologias de comunicação para oferecer psicoterapia à distância.

Para entender e identificar os problemas das crianças, os psicoterapeutas adotam alternativas lúdicas, como brincadeiras, desenhos e jogos. As atividades desenvolvidas são baseadas na idade. Esta metodologia possibilita conhecer mais profundamente a criança, incluindo suas aflições, comportamentos e sentimentos. Como já dito, a participação dos pais neste processo é essencial, pois somente assim eles terão conhecimento sobre as adversidades do filho.

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