A lenda da Sereia Iara: História, Origem, Características e Música sobre este personagem do folclore brasileiro

Nesta postagem vamos falar sobre a lenda da Sereia Iara, também conhecida como a “mãe das águas”, Iara é uma personagem do folclore brasileiro. 

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A lenda da Sereia Iara: História

A lenda da Sereia Iara: Iara ou Uiara, também referida como “Mãe-d’água”, é uma entidade do folclore brasileiro de uma beleza fascinante. Por ser uma sereia, enfeitiça os homens facilmente por ter a metade superior de seu corpo com formato de uma linda e sedutora mulher. Já a parte inferior do seu corpo em formato de peixe não é muito notada, por estar submersa em água. Assim não há quem resista a sua belíssima face e suas doces canções mágicas.

Seu poder é tão forte que basta convidar os homens para irem à sua direção que eles vão, acreditando vivenciar uma experiência incrível com a encantadora mulher. Porém, as intenções de Iara são malignas e fatais, e o que ela quer na verdade é atraí-los para a morte. São raros os que sobrevivem ao encantamento da sereia e caso retornam não conseguem ter uma vida normal por ficarem loucos. Somente um pajé ou uma benzedeira é capaz de curá-los definitivamente.
A lenda da Sereia Iara: História
A lenda da Sereia Iara: História

Diz a lenda que antes de se tornar uma sereia, Iara era uma belíssima índia trabalhadora e corajosa. Iara se destacava entre os demais, por ser a melhor, e consequentemente despertava a inveja de alguns da tribo, especialmente a de seus irmãos homens, que não se conformavam com tal situação. Seu pai era pajé e a admirava em tudo o que fazia contribuindo ainda mais para a revolta de seus irmãos. Tomados pela inveja e pelo ciúme, os irmãos de Iara decidiram matá-la.

Certa noite, quando Iara repousava em sua cama, ouviu seus irmãos entrando em sua cabana com a intenção de matá-la. Rápida e guerreira, se defendeu e acabou os matando. Percebendo a gravidade da situação e com medo da atitude de seu pai, Iara fugiu desesperadamente pelas matas. O pai de Iara realizou uma busca implacável pela filha. Localizaram-na, e como punição pelo seu ato, foi jogada no encontro do rio Negro com Solimões. Os peixes trouxeram o corpo de Iara à superfície que sob o reflexo da lua cheia transformou-se em uma linda sereia com cabelos longos e olhos verdes.

Desde então Iara permanece nas águas atraindo os homens de maneira irresistível e os matando. Acredita-se que em cada fase da lua, Iara aparece com escamas diferentes e adora deitar-se sobre bancos de areia nos rios para brincar com os peixes. Também de acordo com a lenda, é vista penteando seus longos cabelos com um pente de ouro, mirando-se no espelho das águas.

A lenda da Iara é conhecida em várias regiões brasileiras e existem diversos relatos de pescadores que contam histórias de jovens que cederam aos encantos da tentadora sereia e morreram afogados de paixão.

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A lenda da Sereia Iara: Origem.

Contam os índios da região amazônica que Iara era uma excelente índia guerreira. Os irmãos tinham ciúmes dela, pois o pai a elogiava muito.

Certo dia, os irmãos resolveram matar Iara. Porém, ela ouviu o plano e resolveu matar os irmãos, como forma de defesa. Após ter feito isso, Iara fugiu para as matas. Porém, o pai a perseguiu e conseguiu capturá-la.

A lenda da Sereia Iara: Origem.
A lenda da Sereia Iara: Origem.

Como punição, Iara foi jogada no rio Solimões (região amazônica). Os peixes que ali estavam a salvaram e, como era noite de lua cheia, ela foi transformada numa linda sereia.

A lenda da Sereia Iara: Curiosidades.

  • A palavra Iara é de origem indígena. Yara significa “aquela que mora na água”.
  • De acordo com algumas versões da lenda, quando está fora das águas, Iara se transforma numa linda mulher, perdendo seus poderes.
  • A “rainha das águas” como também é conhecida Iara, possui o poder de enfeitiçar os homens que olham diretamente em seus olhos.

A lenda da Sereia Iara: Música da turma do folclore.

Música da Iara:

Letra da Música da sereia Iara:

A Iara é tão bonita, quem a vê não acredita
Com seus olhos a brilhar, gosta de se pentear
Com seus olhos a brilhar, gosta de se pentear

Quando se põe a cantar, todos vem pra escutar
E assim começa a festa, com a turma da floresta
E assim começa a festa, com a turma da floresta

A Iara é tão bonita, quem a vê não acredita
Com seus olhos a brilhar, gosta de se pentear
Com seus olhos a brilhar, gosta de se pentear

Quando se põe a cantar, todos vem pra escutar
E assim começa a festa, com a turma da floresta
E assim começa a festa, com a turma da floresta

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A lenda da Sereia Iara “mãe das águas” ilustrada:

A lenda da Sereia Iara: Você Sabia?

Muitas vezes, a figura de Iara é confundida com o orixá africano Iemanjá, a rainha do mar.

Apesar de ser oriunda da região amazônica, a Lenda da Iara é conhecida em todo Brasil. Dependendo da região brasileira, a reapresentação da índia pode diferir, por exemplo, na cor dos olhos e dos seus cabelos, que ora são escuros, ora são claros.

A lenda da Sereia Iara: Poema escrito pelo poeta Olavo Bilac

“Vive dentro de mim, como num rio,

Uma linda mulher, esquiva e rara,

Num borbulhar de argênteos flocos, Iara

De cabeleira de ouro e corpo frio.

Entre as ninféias a namoro e espio:

E ela, do espelho móbil da onda clara,

Com os verdes olhos úmidos me encara,

E oferece-me o seio alvo e macio.

Precipito-me, no ímpeto de esposo,

Na desesperação da glória suma,

Para a estreitar, louco de orgulho e gozo…

Mas nos meus braços a ilusão se esfuma:

E a mãe-d’água, exalando um ai piedoso,

Desfaz-se em mortas pérolas de espuma.”

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A lenda da Iara

Jaguarari, índio forte
muito bonito e valente,
adorava caçar e pescar,
vivia feliz em sua tribo
admirado por toda a gente.
Num dia de muito sol
saiu para passear,
seguiu até a floresta,
ouvindo os pássaros cantar
e sentindo muito calor
pensou em se refrescar.
Encontrou um lindo lago
e nele resolveu nadar.
Quando a noite caiu
e para a aldeia  ia retornar,
ouviu um canto suave
e foi voltando para o lago
sem poder se controlar.
Ao chegar perto da margem
procurou com o olhar
para saber onde estava
a dona de tão belo cantar.
Avistou o ser encantado
com uma cauda reluzente,
longos cabelos castanhos
ficando logo enfeitiçado.
Uma moça, linda, morena
com olhos da cor do mel
com uma voz maviosa
tal qual um anjo do céu,
chamou-lhe para dentro d’água
e Jaguarari, pobre coitado
foi afundando-se nas águas,
sem nunca mais ser encontrado.
Contam que até hoje
depois do anoitecer
de beira de lago ou rio
nenhum índio quer saber,
pois sabem que correm o risco
de não voltar pra aldeia
se escutar o belo canto
ou ver o olhar sedutor
da Mãe D’água, a sereia.


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