Definição dos termos – Brinquedo, brincadeira e jogo

Nesta postagem confira uma definição dos termos, Brinquedo, brincadeira e jogo neste artigo.

O que é brinquedo?

De acordo com a autora KISHIMOTO (1994) o brinquedo é representado como um “objeto suporte da brincadeira”, ou seja, brinquedo aqui estará concebido por objetos como piões, bonecas, carrinhos etc. Os brinquedos podem ser considerados: estruturados e não estruturados. São designados de brinquedos estruturados aqueles que já são adquiridos prontos, é o caso dos exemplos acima.

Os brinquedos não estruturados não são provenientes de indústrias, assim são simples objetos como paus ou pedras, que nas mãos das crianças adquirem novo significado, podendo transformar-se em um brinquedo. A pedra se transforma em comidinha e o pau se transforma em cavalinho. Desse modo, os brinquedos podem ser estruturados ou não estruturados dependendo de sua origem ou da alteração criativa da criança sobre o objeto.

O que é brincadeira?

A brincadeira se distingue por alguma estruturação e pela utilização de regras. Seguem algumas brincadeiras amplamente conhecidas: Brincar de Casinha, Ladrão e Polícia etc. A brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletiva quanto individual. Na brincadeira a existência das regras não limita a ação lúdica, a criança pode modificá-la, ausentar-se quando desejar, incluir novos membros, adotar as próprias regras, por fim, existe maior liberdade de ação para as crianças.

O que é jogo?

A concepção de jogo está integrada tanto ao objeto (brinquedo) quanto à brincadeira. É uma atividade mais estruturada e estabelecida por um princípio de regras mais explícitas. Exemplos clássicos seriam: Jogo de Mímica, de Cartas, de Tabuleiro, de Construção, de Faz-de-Conta etc. Uma particularidade importante do jogo é o seu emprego tanto por crianças quanto por adultos, enquanto que o brinquedo tem uma agregação mais exclusiva com o universo infantil.

Os diferentes significados do brincar

Um mesmo jogo, brinquedo ou brincadeira para distintas culturas pode ter diferentes significados, isto quer dizer que é preciso ponderar o contexto social em que se insere o objeto de nossa análise.

Boneca: Objeto que pode ser empregado como um brinquedo em uma cultura, ser considerado objeto de adoração em rituais ou ainda um simples objeto de decoração.

Arco e Flecha: Objeto que pode ser empregado como brinquedo em uma cultura, mas em outra cultura é um objeto no qual se aparelha às crianças para a caça e a pesca visando à sobrevivência.

Depois dessas definições é necessário elucidar que as mesmas devem servir para ajudar na reflexão do professor em sua ação lúdica diante da criança e não para limitá-lo nessa metodologia. É necessário que as pessoas envolvidas na pesquisa do lúdico acreditem que o jogo, o brinquedo e a brincadeira terão um sentido mais amplo se vierem concebidos pelo brincar.

Em síntese o universo lúdico abrange, de maneira mais ampla os termos brincar, brincadeira, jogo e brinquedo. O brincar caracteriza tanto a brincadeira como o jogo e o brinquedo como objeto suporte da brincadeira e/ou do jogo.

É interessante pontuar que os brinquedos ganham características diferentes a cada faixa etária, seguindo a fase de seu desenvolvimento.

– Até os dois anos aproximadamente, as crianças preferem brinquedos que sejam de cores claras, macios e sonoros.
– Entre os cinco e seis anos, preferem brinquedos de montar.
– Próximo aos dez anos, passam a gostar de jogos de computador e videogame.

Convêm aqui fazer um alerta sobre os brinquedos eletrônicos. É claro que num primeiro instante as crianças acham interessante um carrinho que faz mil representações ao apertar o botão do controle remoto, mas logo elas dispersam. Isto ocorre porque este tipo de brinquedo não desperta a criatividade e tão pouco a estimulam a continuar brincando. Portanto vale a pena fazer uma seleção criteriosa dos brinquedos a serem apresentados a criança.

Os brinquedos não precisam ser sempre industrializados. Pelo contrário quanto mais diversificados melhor. É muito prazeroso para a criança se seus pais ou professores puderem confeccionar com ela, por exemplo, um jogo de boliche utilizando material reciclável, com garrafas plásticas, jornal e meias velhas. Além de tudo ainda estará desenvolvendo a consciência sobre a preservação do meio ambiente, algo tão discutido atualmente.

Outro brinquedo que sempre gera muita discussão entre pais, educadores e psicólogos são as “arminhas”, espadas e revólveres. Estas armas de brinquedo por si só não fomentam a violência. Para que uma criança tenha um comportamento agressivo é necessário que haja um conjunto de fatores envolvidos.

Não adianta simplesmente os pais não comprarem armas de brinquedo, porque em um breve instante o faz-de-conta da criança pode transformar sua mão em um revólver, ou seja, não é com essa atitude que a violência irá deixar de existir. O que os pais podem fazer é não incitar a violência e sempre manter um diálogo aberto dentro de casa e isso vale para a escola também.

Na hora de oferecer brinquedos às crianças é importante seguir algumas indicações para sua escolha:

– se há interesse e se desafia o pensamento da criança;
– se é adequado ao desenvolvimento da criança;
– se é rico o suficiente para diversas formas de exploração do objeto;
– se é rico em cores, formas, texturas…;
– se o tamanho é adequado à faixa etária (quanto menor a criança maior o brinquedo);
– se é seguro, ou seja, se há itens pequenos que a criança possa colocar na boca e engolir.