Considerações sobre a pedagogia de Frobel

Considerações sobre a pedagogia de Frobel: Artigo enviado pelo nosso parceiro “Professor Marcos L Souza – Pedagogo – Psicopedagogo – Educador musical – Historiador.

Considerações sobre a pedagogia de Frobel

Estudar Froebel é compreender a respeito da importância da educação infantil, no processo de construção social e educacional da criança. Percebemos através de sua teoria que o lúdico é significativo para a criança poder compreender e construir seus conhecimentos, tornar-se cidadã neste mundo e ser capaz de exercer sua cidadania com dignidade e competência.

De modo geral, pode-se afirmar que a Pedagogia de Froebel é considerada como defensora da liberdade, pois, para ele, a criança não é um ser passivo, pois também é capaz de construir seu próprio conhecimento, ou seja, ela é também um ser ativo e responsável por seu próprio aprendizado (Conceito da Autonomia) todavia o objetivo do ensino é sempre extrair mais do homem do que colocar mais e mais dentro dele.

Ele demonstrou grande interesse pelas possibilidades educacionais dos primeiros anos da infância. Daí surgiu à ideia inovadora de cultivar o estímulo das atividades das crianças que mais tarde receberia o nome de Jardim de Infância, onde as crianças eram consideradas como plantinhas de um jardim do qual o professor seria o jardineiro. A criança se expressaria através das atividades lúdicas.

Dessa forma, Froebel foi o primeiro educador a valorizar o brinquedo e a atividade lúdica como forma de desenvolvimento intelectual na criança. Não ficando preso ao seu valor teórico, mas também em suas aplicações práticas, criando diversos tipos de brinquedos e elaborando diversas modalidades de recreação.

A escola deve, portanto, utilizar metodologias e atividades para que a criança possa aprender as coisas mais importantes e úteis, não pelo estudo, mas através da própria vida. É buscando novas maneiras de ensinar que conseguiremos uma educação de qualidade e que realmente possa ir ao encontro dos interesses das crianças. Sendo necessário para isso o engajamento dos docentes nesta busca. Cabe ressaltar que o lúdico não é apenas um acréscimo no repertório de atividades, é antes de tudo, uma maneira do professor ser, pensar, estar e encarar a escola, bem como de se relacionar com as crianças. Para que isso ocorra é fundamental que os docentes entrem no mundo da criança, no seu jogo, entender os olhares e decifrá-los. Quanto mais nos aproximamos das crianças e espaço lúdico proporcionamos em nossa sala de aula, mais alegre, criativo e dinâmico será o aprendizado.

A brincadeira é uma fonte de prazer no dia-a-dia das crianças. Mas o brincar também tem outras importantes funções no desenvolvimento da criança. Trazer a ideia de brincar no cotidiano é lançar um olhar diferenciado no dia-a-dia da criança na escola, é permitir a possibilidade de participação, de relação com o mundo, a realização, a liberdade, a consciência, a imaginação e as diversas formas de sociabilidade dos sujeitos do cotidiano da educação infantil que implicará em um aprendizado com mais qualidade.

Portanto, é de extrema importância a recreação na vida da criança, tanto no seu desenvolvimento motor, quanto no afetivo e social. Os jogos e brincadeiras se tornam um facilitador para que tudo aconteça de forma natural e melhor ainda de forma prazerosa. É necessário ter um objetivo e planejamentos sólidos a ser trabalhado e observar o que encaixa à cada idade, para que assim elas se desenvolvam e mostrem seu potencial. Com essas ferramentas tão úteis e significativas que trazem sorrisos e mudam a vida das crianças. O brincar de forma construtiva é a melhor forma de aprender.

Apesar do jogo ser uma atividade espontâneas nas crianças, isso não significa que o professor não necessite ter uma atitude ativa sobre ela, inclusive, uma atitude de observação que lhe permitirá conhecer muito sobre as crianças com que trabalha.

A criação de espaços e tempos para os jogos é uma das tarefas mais importantes do professor, principalmente na escola de educação infantil. Cabe-lhe organizar os espaços de modo a permitir as diferentes formas de jogos, de forma, por exemplo, que as crianças que estejam realizando um jogo mais sedentário não sejam atrapalhadas por aquelas que realizam uma atividade que exige mais mobilidade e expansão de movimentos.

O professor precisa estar atento à idade e às capacidades de seus alunos para selecionar e deixar à disposição materiais adequados. O material deve ser suficiente tanto quanto à quantidade, como pela diversidade, pelo interesse que despertam pelo material de que são feitos. Lembrando sempre da importância de respeitar e propiciar elementos que favoreçam a criatividade das crianças. A sucata é um exemplo de material que preenche vários destes requisitos.

Uma observação atenta pode indicar o professor que sua participação seria interessante para enriquecer a atividade desenvolvida, introduzindo novos personagens ou novas situações que tornem o jogo mais rico e interessante para as crianças, interessante para as crianças, aumentando suas possibilidades de aprendizagem.

Valorizar as atividades das crianças, interessando-se por elas, animando-as pelo esforço, evitando a competição, pois em jogos não competitivos não existem ganhadores ou perdedores. Outro modo de estimular a imaginação das crianças é servir de modelo, brincar junto ou contar como brincava quando tinha a idade delas. Muitas vezes o professor, que não percebe a seriedade e a importância dessa atividade para o desenvolvimento da criança, ocupa-se com outras tarefas, deixando de observar atentamente para poder refletir sobre o que as crianças estão fazendo e perceber seu desenvolvimento, acompanhar sua evolução, suas novas aquisições, as relações com as outras crianças, com os adultos.

REFERÊNCIAS BIBLIOFRÁFICAS

ARCE, Alessandra. A pedagogia na “era das revoluções”: uma análise do pensamento de Pestalozzi e Froebel. Campinas: Autores Associados, 2002.

FRIEDRICH FROEBEL (1782 A 1852). Disponível: www.pedagogiaespirita.org/ escola_virtual/pedagogia/froebel.htm> Acesso em: 15abr.2010

FRIEDRICH FROEBEL – O FORMADOR DAS CRIANÇAS PEQUENAS. Disponível: www.revistaescola.abril.com.br/


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