O que muda nas aulas quando se aplica a sala de aula invertida?

Ilustração produzida com elementos do Freepik.com – Fonte: *
Nessa metodologia, o professor propõe um conteúdo e os alunos já entram em contato com ele, em casa, por meio de materiais digitais como videoaulas, apresentações e podcasts, antes mesmo da aula sobre o tema.

Isso não significa que o papel do professor some. Após o estudo individual, os alunos vão para a sala de aula tirar dúvidas, debater, trazer assuntos complementares e desenvolver projetos e atividades em grupo. Justamente o contrário do sistema tradicional, em que o aluno aprende em uma aula expositiva primeiro e faz a tarefa de casa sozinho, depois.
Essa abordagem gera oportunidades de aprendizagem significativas, já que a turma, presencialmente, consegue explorar um assunto em profundidade e criar a partir do conhecimento adquirido. Além disso, a proposta respeita o tempo de aprendizagem de cada aluno, já que ele pode selecionar qual conteúdo assistir em casa, em que ordem acessar os materiais, revê-los sempre que houver uma dificuldade de compreensão e fazer pesquisas paralelas. 
Veja no infográfico abaixo mais informações sobre a metodologia:
O que muda nas aulas quando se aplica a sala de aula invertida?
O coordenador pedagógico Douglas Tinti, do Colégio Agostiniano São José, em São Paulo, conta que a metodologia passou a ser usada com as turmas do 1º ano do Ensino Médio e que, os alunos assistiam previamente aos disponíveis na plataforma e, depois, aprofundavam os conhecimentos presencialmente. 

“Percebemos que a sala de aula invertida mudou o processo de ensino e aprendizagem porque os alunos se tornaram mais autônomos e protagonistas de seus aprendizados”. Segundo ele, os docentes também começaram a se motivar para desenvolver suas próprias videoaulas e disponibilizá-las aos alunos.
Por meio dos relatórios gerados pela Geekie, o coordenador percebeu que, após seis meses da implantação da nova metodologia, o número de alunos com nível baixo de proficiência diminuiu significativamente – enquanto isso, os demais níveis aumentaram, com alunos chegando até o nível 5, o máximo, de desempenho.
Escrito por: Claudio Sassaki – Fonte: Novaescola – Geekie