Ícone do site SÓ ESCOLA

O USO LÚDICO DA LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O USO LÚDICO DA LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1 – INTRODUÇÃO
Com envolvimento na docência na pré-escola, senti a necessidade de pesquisar sobre a Literatura Infantil e seu pressuposto lúdico, com vistas a apontar o seu valor no processo ensino-aprendizagem.
As relações entre literatura infantil e escola, remontam a sua origem e os objetivos comuns de promover o desenvolvimento intelectual da criança. Tal fato repercute na atualidade, pois os vínculos com a escola permanecem, uma vez que a produção tem crescido consideravelmente nas últimas décadas devido à implementação de programas voltados para o “incentivo à leitura”. Anualmente o “governo” compra grande parte da produção de livros de literatura infantil, tornando-se o principal cliente dessa indústria cultural e assim, a criança escolarizada das escolas públicas passa a ser o público cobiçado. Nesta perspectiva, a literatura infantil tende a capturar interesses e desejos desse leitor, com vistas a atraí-lo e conquistá-lo.
Assim, ler sempre pode satisfazer necessidades e interesses, aspirações individuais. Entretanto, para muitos, a imagem social da leitura já foi, ou ainda é, como uma atividade cansativa e trabalhosa. Há até os que dizem que quando se lê não se faz nada.

2 – A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

É necessário compreender o processo de alfabetização a partir de usos e valores da leitura e da escrita. A leitura e a escrita possuem uma existência social. Desse modo, seus usos e funções não podem ser desconsiderados pela escola, pois alguém só aprende a ler e escrever porque entende o para quê e o porquê faz isso. Para que o indivíduo (aluno) descubra as funções da língua escrita – registrar, transmitir, obter conhecimentos, comunicar ideias, fatos, sentimentos, divertir – é preciso criar situações em que a escrita seja usada funcionalmente, com finalidades que se assemelhem aos usos que lhe são atribuídos no dia a dia de uma sociedade de uma sociedade letrada. Assim, mais do que ler, é necessário leiturizar, ou seja, compreender o processo de alfabetização a partir de usos e valores da leitura e da escrita. Propõe-se, entretanto, deixar a criança fascinada pela leitura e pela escrita, a fim de que como leitor e como escritor, possa escrever com maior plenitude seus direitos e deveres de cidadão.
O próprio D. W. Winnicott evoca que é no brincar, e talvez apenas no brincar que a criança ou o adulto frui a liberdade de criação. No brincar, a criança expressa suas emoções e necessidades, utilizando sua sensibilidade e intelecto. A brincadeira é a forma própria de a criança dar sentido ao mundo. Ela é mediadora da relação criança/mundo. Através da brincadeira, a criança poderá penetrar em textos, cabendo, dessa forma, ao professor experimentar as mais variadas formas de linguagem.

Artigo por Antonia Maria Borges dos Santos Ferreira
Sair da versão mobile