Quem é a estudante morta no ataque a tiros em escola

Corpo de Giovanna Bezerra, 17 anos, será enterrado nesta terça-feira. Três outros alunos se lesionaram.

O corpo da jovem Giovanna Bezerra, de 17 anos, que perdeu a vida após um tiroteio na Escola Estadual Sapopemba, localizada na zona leste da cidade, terá seu funeral marcado para terça-feira, 24, começando às 13h30, no Cemitério Nossa Senhora do Carmo – Curuçá, localizado em Santo André, região do ABC Paulista.

A triste ocorrência se deu quando a jovem foi atingida na cabeça por um tiro à curta distância, durante o episódio violento que se desenrolou na escola na segunda-feira, 23. Giovanna foi rapidamente socorrida, no entanto, seus ferimentos foram fatais. Outros dois alunos também foram atingidos pelos tiros, e mais um se lesionou em uma tentativa de escapar do local. Felizmente, todos os três estão estáveis.

Giovanna estava no último ano do Ensino Médio e residia nas proximidades da instituição de ensino. De acordo com relatos de sua família, a jovem havia ingressado em seu primeiro trabalho no segmento administrativo há cerca de um mês e estava animada por ter recebido seu primeiro pagamento. Seus planos futuros incluíam a carreira jurídica. Em suas plataformas online, era visível sua paixão pelo esporte vôlei.

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Antonio Edio, advogado da parte acusada, esclareceu que a motivação do ato trágico se deu por conta de episódios de bullying e preconceitos relacionados à orientação sexual vividos pelo jovem dentro da escola.

O profissional disse: “Ele me contou que estava saturado com o constante preconceito relacionado à sua orientação sexual na escola. Decidiu, então, pegar uma arma que pertencia a seu pai, sem que ele soubesse, e levou para a residência materna, também sem que ela soubesse. Na manhã seguinte, dirigiu-se à escola e agiu daquela forma”.

O defensor do acusado também enfatizou que, segundo o depoimento de seu cliente, não havia a intenção de alvejar Giovanna, que não estava ligada aos episódios de preconceito e intimidação.

Adicionalmente, o advogado pontuou que a mãe do jovem acusado já havia formalizado uma queixa devido aos preconceitos sofridos por seu filho. “Ela informou a escola, mas a única orientação recebida foi a sugestão de que o adolescente fosse transferido para outra instituição educacional”.