Linguagem Literária e não Literária

Linguagem Literária e não Literária – Na literatura, as palavras podem não ter o mesmo valor das palavras que utilizamos na vida diária. Em nosso cotidiano, as palavras têm um valor utilitário, ao passo que, se usadas no texto literário, adquirem valor artístico, podendo criar um mundo poético ou ficcional, por meio da maneira como são usadas.

O artista da palavra pode nos retratar uma realidade ao seu modo. A realidade literária (a criação literária) pode estar em desacordo com a realidade sensível, objetiva.

linguagem literária é conotativa, utiliza figuras (palavras de sentido figurado), em que as palavras adquirem sentidos mais amplos do que geralmente possuem.

Na linguagem literária há preocupação com a escolha e a disposição das palavras, que acabam dando vida e beleza a um texto.

A linguagem não literária é objetiva, denotativa, preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística.

Portanto, a literatura é de grande importância, porque é a expressão do ser humano e da vida, e porque retrata épocas, costumes e ideias.

O lugar da teoria literária

A teoria literária, desde o início do século XX, debruçou-se sobre os problemas que o termo literatura assumiu, em consonância com as transformações históricas e sociais focalizando a literatura em diferentes posições.

Considerando a literatura como floresta, rica de espécies, flores e frutos, verão que tais encaminhamentos abriram muitas trilhas e clareiras, mas devemos caminhar atentos, pois tais caminhos devem revelar a floresta e é a ela que devemos ficar atentos.

Quem quiser eleger um caminho como único convirá que é limitar o conhecimento da floresta. Por outro lado só se conhece a floresta penetrando nela. O método (palavra grega que significa “caminho para”) de compreensão da natureza do literário não pode concebê-la como um objeto distante de um sujeito que, munido de uma teoria ou conceito, vai alcançá-la. Só se compreende a literatura lendo-a, como só se conhece a floresta percorrendo-a.