Por que nunca devemos tirar o objeto de ligação de uma criança?

Publicado em 14 de fevereiro de 201814 de fevereiro de 2018 por SÓ ESCOLA

Por que nunca devemos tirar o objeto de ligação de uma criança? As crianças podem experimentar um vínculo afetivo especial com alguns animais de pelúcia ou um cobertor, objetos que transmitem segurança e tranquilidade. Na verdade, estima-se que 70% das crianças pequenas tenham um apego que as acompanhe durante grande parte da infância.

Para uma criança, seu objeto de ligação é único e irrepetível

Um estudo particularmente interessante desenvolvido na Universidade de Bristol e publicado na revista Cognição nos ajuda a entender o que objetos de apego representam para crianças.

Esses psicólogos pediram aos pais que traíssem seus filhos entre 3 e 6 anos de idade para o laboratório, juntamente com seu objeto de apego. Então, eles mostraram às crianças uma “máquina para copiar objetos” e mostrou como funcionou. Em seguida, os pesquisadores perguntaram se eles tinham sua permissão para copiar seu objeto de anexo.

18% das crianças se recusaram categoricamente a copiar seu objeto de apego e 60% decidiram manter seu objeto, mesmo que o objeto que os pesquisadores supostamente copiaram fosse novo.

Esta pesquisa demonstra o profundo vínculo emocional que as crianças mantêm com esses objetos especiais. Também revela que as crianças acreditam que esses objetos possuem características únicas que não podem ser copiadas. Essa é a razão pela qual os objetos de anexação são insubstituíveis.

Por que nunca devemos tirar o objeto de ligação de uma criança?

Quais são os objetos de ligação e quais são suas funções?

Os objetos de apego, ou objetos transicionais, como ele chamou, em 1951, o psicanalista Donald Winnicott, são qualquer brinquedo ou objeto ao qual atribui a criança um valor especial e por que administra a relacionar com o mundo e enfrentar as mudanças mais difíceis .

O próprio filho ele escolhe seu objeto de apego, o que significa que ele encontrou algo especial, então os pais não podem impor outro objeto. Na realidade, esse objeto é a primeira manifestação de um “eu” independente que reconhece a existência de outras coisas. Na verdade, muitas vezes os objetos de apego é um indicador confiável de como a criança irá interagir no futuro com as pessoas, porque não devemos esquecer que, para muitos pequenos, esses objetos têm uma vida.

Portanto, os objetos de anexo podem cumprir três funções:

Eles podem simplesmente indicar uma fase no desenvolvimento de uma criança.
Eles podem ser um meio de defesa contra a ansiedade de separação.
Eles podem ser uma ferramenta de segurança que proporciona conforto.

Na maioria dos casos, embora o objeto de apego se limite a ser a expressão de uma fase de desenvolvimento, ele gera uma sensação de segurança para a criança, por isso não é conveniente retirá-la. Essa relação afetiva o ajuda a enfrentar as dificuldades e tensões, além de reforçar a memória do carinho dos pais quando eles não estão presentes. Na verdade, o objeto de transição ajuda os pequenos a obter alguma independência emocional das figuras de anexo.

Infelizmente, parece que, em alguns contextos, os pais pensam que esses objetos são inadequados e limitam seu uso. Alguns podem ter medo dessa “dependência”, uma vez que os pequeninos não se separam de seu objeto de transição, eles o carregam em todos os lugares e devem sempre permanecer à vista.

No entanto, os pais devem estar cientes de que privar os filhos de seu apego pode torná-los mais vulneráveis a problemas psicológicos. O habitual é que depois de 4 anos é o pequeno que está separado desse objeto, como ele ganha segurança e expande suas redes sociais.