Várias Propostas para Alfabetização

Várias Propostas para Alfabetização
Várias Propostas para Alfabetização
As Competências da Escrita no ano inicial do Ensino Fundamental de nove anos.
Competências a serem desenvolvidas:
O desenvolvimento da consciência linguística será uma das primeiras tarefas. Isso poderá ser desenvolvido por meio da oralidade. Contar histórias, ouvir  causos, fazer rimas, ler trava- línguas, ouvir lendas e trabalhar com todas as audições orais possíveis. Trazer os gêneros textuais mais próximos das crianças nesta idade para dentro da sala de aula. Bilhetes, cartazes, infográficos, esquemas, ilustrações, propagandas, versos e outros.
O professor ainda terá que funcionar, em muitos casos, como escriba da criança, pois muitas delas não frequentaram a educação infantil, e, por tanto, ainda precisam de um bom trabalho de socialização, educação motora, raciocínio lógico e condições coletivas de trabalho. Caso seus alunos não apresentem este quadro, a sensibilização para o processo formal de leitura e escrita deve ser desenvolvido, ou apresentado sempre a partir do conceito de gêneros, ou seja, a produção da escrita precisa ter um significado para a criança. Assim ela deverá tentar ou escrever coisas que realmente estejam no seu cotidiano. Sons, palavras, letras, frases, textos, histórias, música, desenhos, modelagens tudo pode ser usado, pois a propriedade é o trabalho rico em diversidade de linguagens e principalmente em diversidades de possibilidade.
Desta forma, ler e escrever passará a ser consequência desta interação, não somente o objetivo final. Atente-se para o tempo de cada criança.  Ainda, nesta idade, há muita diferença no desenvolvimento de uma para a outra.
Práticas
Ações Globais que auxiliam o Desenvolvimento dos Letramentos
1. Ler para a criança. Acompanhar a criança no processo de leitura. Isto a ajuda a perceber a importância do ato.
2. Ler narrativas de todas as fontes. Busque inicialmente narrativas curtas para que elas possam acompanhar. Aos poucos, vá acrescentando dificuldades.
3. Contar histórias para a criança ajuda a percepção da oralidade.
4. Permite que as crianças, contem ao seu modo, histórias do dia-a-dia .
5. O tempo na narrativa infantil sofre um bocado. Elas trocam, invertem passado e presente e futuro. Não se incomode, pois ela, aos poucos,percebe tudo,desde que o contato com os gêneros não sofra parada.
6. O desenvolvimento da escrita vem com a necessidade de a criança registrar coisas que ouve.
7. Deixe a criança tentar a escrita livremente. Não lhe dê folhas com linhas,no início. Isso ajuda a bloquear a liberdade da escrita.
8. A caixa alta deve ser uma forma de apresentar a  letra .Substitua-a assim que a criança já conseguir reconhecê-la.
9. A letra cursiva é uma sequência da caixa alta. Demora um pouco para ela estar firme. Tenha calma.
10. O uso da caneta já pode ser feito quando a criança já aprende um bom traço, firme e claro. Isto acontece em qualquer série a partir dos cinco anos.
11. A  troca de sons parecidos,  como P e B e outros, é também normal no início do processo. Mostre as diferenças grafias delas e vá apresentando sempre as diferenças até que a criança perceba a forma correta.
12. Não priorize a grafia neste momento. Priorize o pensamento linguístico. Pense no texto não na frase ou na palavra.
13. Corrija, sim, a produção das crianças. Deixar erros nos materiais é negligência. Agora, faça isto de uma forma participativa, pouco traumática. Há varias técnicas de apontar um erro. Escolha a mais pedagógica para você.
14. Tarefa para casa vale a pena se a própria criança pode fazê-la. O auxílio hoje em dia é pouco por parte dos país. Assim, caso a criança tenha muita tarefa que necessita de auxílio, ela irá fazê-la sem cuidado, sem certeza ou simplesmente não fazer. Tenha sempre cuidado com a quantidade. Tarefa não pode ser castigo. É uma ajuda para formar a rotina de estado na criança. Opte por coisas dinâmicas.
15. A separação das palavras é um problema que pode aparecer. Quando isso acontece, leia com a criança várias vezes as palavras, para que ela perceba que há junção.
16. Os dígrafos são dificuldades que as crianças demoram muito a superá-las. Aguarde uns dois ou três anos de escolarização para que isso aconteça.
17. Não produza nenhum texto com as crianças sem antes fazer uma contextualização. Isto é incondicional.
18. Depois da contextualização, vem o planejamento do texto. Faça mapas conceituais, por exemplo, ou listas, mas não deixe de contextualizar.
19. Depois da contextualização, vem o projeto para o desenvolvimento do texto.
20. Depois do projeto, vem o texto desenvolvido. Haverá erros ortográficos, falta de coesão e coerência, mas a criança precisa aprender a rever o próprio texto.
21. Depois da produção, vem a revisão que pode ser feito em conjunto ou individualmente.
22. Depois da correção por parte do aluno, o professor pode fazer uma correção coletiva para que todos  possam acompanhar o processo na integra. Reestruturação textual e sempre mais interessante na coletividade.
23. O tema do texto é muito importante. Sem ele, a criança não aprende a coesão e a coerência. Discuta o título com eles.
24. Use sempre que julgar conveniente a contextualização ou ao  desenvolvimento na narrativa.
25. Os materiais concretos, como  bonecos e sucatas, podem ser excelentes para a percepção e a criação de belas histórias. Explore-os.
26. Crianças da mesma idade podem apresentar desenvolvimentos diferentes. Saiba entender estas diferenças e, principalmente, aguardar o tempo de cada criança.
27. As crianças precisam ter seu tempo de entendimento respeitado. Aprender  o processo de concentração também é o objetivo do professor durante este início de escolarização.
28. Algumas crianças já chegam á escola sabendo escrever o próprio nome e algumas palavras. Avalie qual a qualidade dessa possível leitura e escrita e parte dali para continuar o processo de alfabetização e letramento.
29. Se a criança vem de casa sem um processo de socialização oral, ou seja, se ela não fala com ninguém, não conversa com ninguém, procure primeiro desenvolver estas  característica e vá acrescentando, aos poucos, o processo de percepção dos signos.
30. É normal a criança apresentar várias trocas e muitos erros ortográficos durante o processo de alfabetização. Não desespere, vá com calma, pois, aos poucos, ela vai aprendendo que, para escrever, é importante adequar – se as regras.
31. Tome bastante cuidado para não amedrontar as crianças com cobranças excessiva  no que diz respeito a conjugação e concordância no início da alfabetização logo no processo de entrar na escola. Isto é secundário e por tanto não de tanta importância assim a este processo.
32. Faça adaptações nas leituras que você está desenvolvendo quando perceber que os alunos não conseguem acompanhar ou têm muitas dificuldades.
33. Caso não consiga trabalhar com o texto inteiro, faça um recorte e extraia um fragmento e explore o máximo este fragmento.
34. Muitas crianças usam a internet com grande destreza aos seis anos de idade. Aproveite  estas crianças que têm algum conhecimento para ajudar aquelas que não possuem nenhum conhecimento.
35. Aproveite as sugestões dadas pelas crianças, por exemplo: algumas já leem gibis, conhecem os personagens desses gibis e possuem em casa estes materiais, como revistas, gibis, jornais e tantos outros suportes textuais. Permita que elas deem sugestões sobre a utilização deles.
36. Ouvir sempre leituras diversas, como receitas, letras de música, jornais, textos, informativos, avisos locais e texto de naturezas variadas, faz com que a criança perceba a riqueza que há neste universo.
37. Trabalhar com surpresas e com o imaginário desenvolve o gosto que a criança terá ou já tem pela leitura ou pelo menos materiais  escrito. Explore sempre isso ao máximo.
38. É difícil de aceitar que algumas crianças, principalmente aquelas com grande dificuldades durante este período de seis anos, não possam desenvolver  a leitura na escrita e, em com contrapartida, outras já no início de escolarização têm este processo completamente desenvolvido.
39. Na área da produção de texto, é importante ter sempre claro que o texto tem início pelo título, e é o título que dá origem à coesão, à coerência, à introdução, ao desenvolvimento e à conclusão, portanto discuta exaustivamente um título para que as crianças percebam o quadro tem de riqueza ali para ser explorada.
40. O vocabulário para a produção de um texto pode ser apresentado pelo professor em uma lista prévia na lousa. Esta lista prévia, contendo substantivos, ajuda enormemente e o aluno a desenvolver o seu texto.
41. Faça um planejamento do texto ou um projeto de texto que será solicitado aos alunos. Mostre – lhes como é possível iniciar um texto, que ideias podem ser desenvolvidas e como se pode concluir aquele título do texto.
42. Espere, reflita e aceite, quando for o caso, sugestões e modificações de títulos ou de projetos de textos, uma vez que os alunos precisam participar da aula.
43. A formação do leitor acontece principalmente quando ele tem liberdade para escolher suas leituras. Permita que ele tenha acesso a um acervo aberto de biblioteca, o que quer dizer que ele tem o direito de folhear, mexer, escolher ou não escolher determinados livros. Permita isso a ele .
44. As práticas de leituras no início da escolarização, muitas vezes, caracterizam – se somente em olhar figuras, apalpar  o livro, sentir o livro, possuir em sua forma concreta e, assim, começa a se apaixonar pela palavra.
45. A produção da leitura e da escrita pode estar perfeitamente baseada no gênero do discurso. Dessa forma, localize os gêneros que estão no dia – a – dia  da criança e trabalhe com eles em sala de aula.
46. Os conflitos e as negociações que ocorrem com os alunos nos momentos de planejamento do texto são saudáveis. Fique atento para eles.
47. A leitura coral, aquela em que todos os alunos  leiam juntos, e também uma importante técnica em sala de aula, pois permite que o aluno tímido ou aliado acompanha os amigos aos poucos. Perceba quem são estes alunos e de – lhes oportunidades de lerem sozinhos na sequência da leitura chamada coral.
48. A criatividade do professores e um dos fatores preponderantes na formação do aluno alfabetizado que situações em que ele possa usar roupas, perucas, chapéus e outros acessórios para representar além de ser uma atividade totalmente lúdica, é enriquecedora e formadora de leitura.
49. Literatura se caracteriza com um texto que não tem fins utilitaristas, portanto, durantes as leituras literárias, os alunos podem ou não gostar, podem ou não concordar, podem ou não viajar. Assim é o texto literário diferente do texto didático ou paradidático que apresenta ao aluno o final da moral da história. Ambas as leituras são pertinentes para o espaço, no entanto o que deve ter por parte do professor é a percepção tanto de uma quanto de outra.
50. A letra espelhada aparece normalmente quando a criança não teve o trabalho suficiente de reconhecimento do alfabeto. Refaça o processo, pois só assim isso poderá ser melhorado.
51. Para ajudar o processo da superação da letra espelhada, trabalhe formas geométricas, aplicações e redução de figuras e lateralidade esquerda, direita, em cima e em baixo. Isto também ajudará e normalmente a superação da letra superada.
52. A coordenação motora fina e que dá origem a um bom processo de escrita. Desenvolva atividades motoras, sempre que julgar necessário para que seu aluno possa melhorar seu processo de escrita.
53. A coordenação motora ampla da origem a coordenação motora fina, por tanto, para que a criança, não tenha um bom traço, trabalhe da ampla para a fina com atividades sempre alternadas .
54. O traço no processo de alfabetização também é secundário. É preferível muito mais que a criança leia, compreenda o que esta lendo, critique e interfira no processo de leitura do que simplesmente copiar, reproduzir a escrita, não reconhecendo nada. Se tiver de fazer uma opção, faça  a opção pelo primeiro.
55. A leitura é um processo cognitivo . Ela pressupõe entendimento, participação do leitor, e intervenção do leitor, portanto este é o processo que efetivamente vai garantir a alfabetização.
56. A gagueira durante a leitura e absolutamente normal, uma vez que a criança ainda não tem destreza necessária para tal. Permita que ela e seus amigos possam gaguejar o quanto for necessário.
57. Peça a criança que escreva no quadro. Faça – lhe escrever em papéis colados na parede, na areia do parque, no chão e em outros lugares que não o caderno. Desta forma, brincando ludicamente, ela vai chegando ao conhecimento da escrita.
58. Organize na louça da sala de aula uma sequência de imagens extraídas de um texto e permita que as crianças tentem construir a história, usando somente as imagens como referência.
59. A organização do pensamento da criança precisa de materiais  concretas para tal, além das figuras das imagens. Também, podem-se colar objetos, como bonecos, bicho de pelúcia etc., para que as crianças tentem coletivamente construir histórias com eles.
60. Fazer leituras de trava – línguas e pedir às crianças que as repitam construí sempre uma atividade muito dinâmica, muito interessante e bastante lúdica. As crianças normalmente gostam e se apaixonam por essa atividade.
61. Dê como tarefa para casa, por exemplo, “O que é o que é?” Nesta atividade de tentar adivinhar aquilo que a pergunta busca, a criança é obrigada a pensar e raciocinar, o que vem a ser muito importante para o processo de formação do raciocínio linquístico.
62. Apresente o início de frases e peça às crianças que as completem com elementos dados dados no quadro ou com objetos que você pode retirar de uma caixa lindamente decorada.
63. Apresente histórias narrativas, contos de fada por uma, duas ou três vezes e, logo em seguida, leia o início da história e peça às crianças que, a seu modo, tentem terminá-las. Dessa forma, o pensamento dedutivo vai sendo desenvolvido.
64. Fazer uma história maluca entre uns dentadura e uma bola de vôlei pode ser uma atividade muito criativa em dias de produção textual. As crianças, além de se divertirem, irão forçar a mente a criar.
65. Coloque erros em palavras que já são de domínio da criança, por exemplo, troque letras por números, troque sílabas por números, sinais gráficos e ponto de interrogação e exclamação, e lance o desafio para que elas descubram onde a palavra não corresponde àquilo que ela já sabe.
66. Apresente também erros em desenhos, como, por exemplo, pegue, pegue a história  de Cinderela e acrescente à ilustração da Cinderela a ilustração do Chapeuzinho Vermelho que pertence a outra história e tente fazer com que as crianças percebam que, naquele desenho, há alguma coisa que não pertence àquela realidade, Isto também ajuda o raciocínio dedutivo.
67. Utilize músicas que estão muito na moda e que são cantadas diariamente pelas crianças. Tente fazer paródia, aproveitando a estrutura primária dessas músicas.
68. Escrever junto com a criança no quadro, no próprio caderno, no chão, em um papel na parede também serve como encorajamento para criança que ainda não está suficiente encorajada para se lançar na leitura.
69. Lembre-se do ambiente educativo e de quem alfabetiza a criança. Isto quer dizer que nós precisamos enriquecer nossa aula com objetos, cartazes, livros, revistas, bonecos, Cd’s , fitas cassete, fita de vídeos e todos os outros materiais que trabalham a linguagem.
70. As competências para ler e escrever surgem a partir de um processo de organização. Esta organização escolar depende muito da referência que o professor transmite à criança. Cuide para que o aluno perceba sua organização neste sentido.
71. A contextualidade de uma escrita ou a razão que se dá para a escrita  é um processo que ajuda enormemente a criança na aquisição da leitura e da escrita. Entender o porquê da produção e para que a produção é sempre uma condição primária para que os desenvolvimentos da leitura e da escrita existam.
72. Utilize as atividades  interdisciplinares, tais como: trabalhar a palavra girassol em uma perspectiva de educação artística, de biologia e, portanto,de ciências, na produção de textos, na produção do movimento ajuda a fazer com que as criança, de posse do tema girassol, possa pensar  nele a partir de diversas disciplinas escolares. Explore este tema ou outro tema sempre de maneira interdisciplinar.
73. Transforme o conhecimento que a criança possui, de qualquer que seja o tema, em atividades de escrita .Busque saber se seus alunos conhecem outros países e quais referências trazem de lá e, dali, busque fazer com que o encantamento para o conhecimento do povo possa surgir.
74. É sempre muito complicado todos os textos ou trabalhar com textos em que as crianças não tem nenhuma informação prévia. Essa tentativa de fazer com que ela pense a partir de elementos muitos abstratos é quase sempre frustrante nesta idade.
75. Tenha sempre em mente que a atividade nesta idade precisam ser sempre objetivas, claras e pequenas pois atividades muito grandes, além de provocarem um cansaço, desenvolvem a não-concentração das crianças, o que será uma perda e um problema para ela por minutos anos de escolarização.
76. Há sempre conflitos entre os alunos na escolha de palavras, de temáticas e assim por diante. Estes conflitos podem ser muitos saudáveis para uma sala de aula, no entanto, quando ela se tornam incontroláveis, passam a ser um problema na tentativa de diminuir estes conflitos. Na hora do planejamento do texto, ouça as opções dos alunos e não chegue impondo temas para os quais, ás vezes, eles não têm o menor apreço.
77. Trabalhe com versos, poemas, textos poéticos porque normalmente os alunos nesta idade se encantam muito com rimas e, também, permita que eles criem e falem sobre esta rima.
78. As cantigas de rodas normalmente sabidas pelos alunos, em função dos horários de intervalo, podem ser transcritas no quadro . Isso faz com que as crianças percebam que elas podem ser registrada e mais ainda faz com que elas desenvolva a consciência  do registro linguístico.
79. A letra em caixa alta e para que o aluno tenha facilidade no reconhecimento desses registros. Assim que o aluno desenvolver este reconhecimento, introduza no dia dele a letra cursiva, afinal essa letra tem como objetivo o desenvolvimento da escrita.
80. Escreva sempre tudo de várias formas. Apresente ao aluno uma palavra escrita em letra maiúscula, em minúscula, em caixa alta, em caixa baixa para que a criança perceba a multiplicidade das formas de se escrever uma palavra ou de se gravar um signo.
81. Discuta antes por que há essa diferença entre letra maiúscula e minúscula para que a criança perceba a razão dessas modificações.
82. O reconhecimento da sonorização pode evitar muitos erros que a criança comete no início da alfabetização. Então, crie com eles uma dinâmica, um  comportamento, um compromisso em que ela precisa falar, repetir,algumas vezes, uma palavra para ter a certeza dos sons que ocorrem ali. Dessa forma, sons, como r,rr, ss,h e nh, podem ser anteriormente percebido pelas crianças.
83. O isolamento de uma sílaba ou de uma letra deve ser fruto de uma conversa ou de uma contextualização. Nunca isole sílaba, letra ou palavra sem antes criar uma razão específica para esse isolamento.
84. Procure estimular e fazer com que as crianças comecem a perceber esta silaba ou esta palavra a partir de uma boa contextualização.
85. A ideia central de um texto é sempre contar algo,transmitir informação. Repita este comportamento ou esta pergunta várias vezes para que as crianças tenham certeza daquilo que estão escrevendo.
86. Permita inicialmente que as crianças desenvolvam a escrita sem ter matérias muito estruturadas, como cadernos com linhas, caderno de caligrafia, quadradinhos e tantas outras propostas que, a criança, com naturalidade, tente equilibrar a letra. Dar horizontalidade a ela é equilíbrio.
87. A ideia  de parágrafo é muito complicada no início da alfabetização. Trabalhe com eles de modo que cada parágrafo possa corresponder à ideia de uma casa. Assim desenhe no pátio uma planta baixa de uma casa, entre com os alunos pela sala, descreve-a , vá para o quarto, descreva-o e, em seguida, vá para a cozinha e descreva-a. Depois, resgate a informação que, ao descrever cada um dos ambientes, estamos compondo um parágrafo, portanto parágrafo é o momento em que a ideia central daquilo que estou dizendo não se modifica porque faz parte do mesmo parágrafo.
88. Os elementos de coesão de um texto, como preposições, conjunções e outros, são mais importante ferramentas para que as crianças possam desenvolver a percepção de toda ligação do texto que ela vai trabalhar. Dessa forma, expressões do tipo: e aí, então, daí e outras tantas podem representar a falta de trabalho com pontuação e paragrafação e o desejo da criança de resolver este problema. Neste caso, ela põe marca da oralidade da escrita.
89. Atividades desenvolvida no computador quase sempre ajuda a criança a perceber grafias erradas ou não adequadas. Dessa forma utilize o computador como uma importante ferramentas nessa percepção.
90. Muitas vogais, principalmente as acentuadas como a, é e outras, as vezes, não aparecem no nome da criança. Resgate isto na sala de aula. Há estes casos  e também caso de sobrenomes em outras línguas como Miller, por exemplo, um sobrenome Alemão, então mostre para a criança estas várias possibilidades que existem dentro da linguagem portuguesa. Desta forma, a partir do início do desenvolvimento da escrita, ela já cria consequência destas diferentes.
91. Cada criança desenvolve uma letra diferente da outra criança. Algumas escrevem as letras mais apertadinhas, maiores, deitadas para a direita, deitada para a esquerda, é assim por diante. Estas várias são característica de cada criança e não tente  modificá-las, apenas organize-as.
92. Há  um alfabeto chamado libras, língua brasileira de sinais, executado com as mãos e os dedos para a comunicação com pessoas portadoras de deficiência auditiva. Trabalhar com estes vocabulários diferenciais ajudam muito as crianças a perceber a amplitude do processo de comunicação.
93. Quando tiver de reestruturar um texto, procure fazer isto sempre no quadro de forma coletiva. Peça antes do aluno permissão para utilizar o texto dele e vá, ao poucos, procedendo a essa reorganização textual.
94. Dê para casa atividades ou tarefas que tenham justificativas que fazem com que a criança desenvolva o interesse pelo conhecimento  de coisas, tais como: Para que serve isto? Para que serve aquilo? Qual é o nome disto? Onde encontra aquilo? Porque assim a criança vai buscar uma informação com predição e não apenas realizar uma tarefa mecânica para cumprir um objetivo que, quase sempre, não se sabe qual é.
95. Conte  histórias para as crianças ou as leia e peça-lhes que criem títulos para estas histórias. Fazendo o caminho ao contrário podaram surgir excelentes atividades daí.
96. Caso seu aluno esteja escrevendo com a mão direita e ler peça para escrever com a mão esquerda, permita, pois afinal alguns alunos são ambidestros, portanto poderão escrever com as duas mãos.
97. Se seu aluno, ao escrever, reclama que está doendo o braço e que, portanto o incomoda, resgate a coordenação motora, fazendo as atividades de relaxamento porque algo de errado esta acontecendo.
98. A alfabetização é um processo que começa a partir do movimento em que a criança aprende a falar e não termina nunca. Afinal, estamos sendo sempre alfabetizados em gêneros diferentes.
99. Permita que a criança erre, mais a ajuda a encontrar o erro e, principalmente, a superar o erro. Não trabalhe o erro como um problema, mais sim como uma etapa para o crescimento.
100. A alfabetização é um processo, por tanto não há fim, quanto mais o aluno interagir com o meio, mais ele ampliará seu letramento e terá mais condições de integração social por meio domínio da leitura e da escrita. 
Fonte:
BIBLIOGRAFIA:
Almeida, Geraldo Peçanha de. DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA: 100 propostas práticas para o trabalho com crianças de seis anos.2ª edição.Rio de Janeiro:Wak Ed., 2009. p.33-62.