Sabão produzido por professores e estudantes contribui para a preservação ambiental

A Escola Municipal Guilherme Calheiros, em Flexeiras (AL), sempre incentivou ações ambientais. Mas, quando passou a contar com o apoio da comunidade, as medidas sustentáveis ganharam força. Os moradores do município fornecem óleo já utilizado, que antes era descartado de maneira inadequada, para que a escola possa fazer sabão.
A professora Maria Helena Ferreira, que dá aula de ciências para o ensino fundamental e de biologia para o ensino médio, coordena o projeto. Para colocar a ideia em prática, ela e sua equipe foram em busca de orientações técnicas do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA).
A instituição ensinou alunos e professores a manusear os materiais necessários para a produção do sabão. “Nós recebemos a capacitação de como fazer e como manusear, porque a gente está no processo de produção e usa soda cáustica, glicerina, essência”, detalha Maria Helena.
Segundo a professora, a iniciativa motivou outros moradores da cidade a produzirem seu próprio sabão, já que entenderam, por exemplo, os riscos de jogar o óleo utilizado no ralo da cozinha. “Essa é a intenção: que as pessoas deem um destino correto ao óleo de cozinha”, ressalta.

Oito estudantes dos ensinos fundamental e médio estão envolvidos no projeto. Entre eles, Amanda Maíra Santos da Silva, 17 anos, que cursa o terceiro ano do ensino médio e considera a ação significativa. “A retirada desse óleo tanto salva a vida dos seres na água, das plantas, dos peixes, como [ajuda] nas nossas casas, evitando transtornos nas tubulações, nos canos, nos esgotos”, destaca. Amanda conta que, entre as suas funções, está a administração financeira do projeto, como o controle da quantidade de sabão produzido e vendido, bem como buscar o óleo doado.
Além da reutilização do óleo de cozinha, a reciclagem também está presente na fôrma utilizada para fazer o sabão: são embalagens plásticas de margarina. Semanalmente, são produzidas em média 120 unidades, cada uma vendida a R$ 1 real. O dinheiro arrecadado com a venda é utilizado para a compra dos demais ingredientes necessários para a fabricação do sabão. Agora, o próximo passo é inovar na embalagem. Por isso, o grupo analisa a possibilidade de utilizar a folha de bananeira para embrulhar o produto.
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Fonte: MEC