Como lidar com crianças que falam palavrões

É fato que as crianças pequenas aprendem qualquer coisa com facilidade. Todo o contato que elas mantêm com os objetos, e pessoas, do seu ciclo de convivência se transforma em fonte de aprendizado.
Como lidar com crianças que falam palavrões

É fato que as crianças pequenas aprendem qualquer coisa com facilidade. Todo o contato que elas mantêm com os objetos, e pessoas, do seu ciclo de convivência se transforma em fonte de aprendizado.

Não poderia ser diferente com o vocabulário. Na verdade, a linguagem é uma das primeiras aquisições que a criança faz ao longo de seu desenvolvimento. Então, qualquer palavra que a criança venha a ouvir pode ser reproduzida, inclusive palavrões.
Isso é coisa de criança sem educação! Não exatamente. Dependendo da idade da criança, ela não tem a mínima noção do significado da palavra que está sendo dita.

Pode sim, ser uma questão de educação, se a criança for exposta, com frequência, a um ambiente onde os palavrões são ditos de forma imoderada, ou se os adultos não orientam a conduta da criança, ainda que ela já compreenda o significado da palavra.
Mas, em geral, o fato de uma criança falar palavrão, pouco tem a ver com a educação que ela recebe. Afinal, ela pode ter escutado alguém falando na rua, algum coleguinha da escola, ou até na televisão. E se tudo é novidade, tudo é descoberta nas aventuras da infância, logo o som da palavra também pode ser.

E como reagir diante dos palavrões?

Se a criança ainda estiver nos primeiros anos de vida, ou seja, na fase de aprendizagem da linguagem, considere que ela esteja somente experimentando a nova palavra, inocentemente.
Se a palavra não causar repercussão, provavelmente, a criança irá esquecer. Então, ainda que a vontade seja de repreender, ou ainda de rir, apenas finja que não ouviu.
Mas se o pequeno persistir em proferir o palavrão, converse com ele, sem exaltação, e ofereça opções para substituir a palavra, como se fosse um jogo. As crianças adoram negociar e fazer escolhas.
Se mesmo diante disso, os palavrões continuarem a ser ditos ou, principalmente, se essas palavras forem usadas na hora em que o pequeno estiver irritado, frustrado, é necessária uma intervenção mais enfática por parte dos pais ou cuidadores, uma atitude propriamente corretiva acompanhada de uma explicação breve e objetiva sobre o porquê de não falar tal palavra.
Primeiramente, os adultos que convivem com a criança devem ser exemplo. A máxima “faça o que eu digo, não faça o que eu faço” não é válida para os pequenos. A maior parte dos comportamentos é aprendida por imitação, portanto, nada de falar palavrão perto das crianças se não quiser que elas reproduzam.
Como lidar com crianças que falam palavrões
Como lidar com crianças que falam palavrões
Como é inevitável que os pequenos apareçam com esse novo vocábulo, tente lidar com a situação com tranquilidade. Tudo isso faz parte das fases do desenvolvimento.
Quando seu filho chegar em casa com uma dessas novas palavrinhas, lembre-se de segurar o riso, mantenha-se neutro (a), as crianças adoram despertar reações nos adultos, e isso pode tornar a palavra ainda mais interessante para elas.
Uma atenção um pouco diferente deve ser dada nos casos em que a criança for desrespeitosa e falar desaforos para os pais ou professores.
Novamente, preste atenção à idade do pequeno, ele pode estar manifestando sentimentos de raiva e frustração, mas ainda não tem consciência da gravidade de seus atos.
A opção acertada para corrigi-lo, tanto em casa quanto na escola, é sempre o diálogo. Explique que o comportamento dele pode magoar as pessoas, e que existem outras formas de agir e lidar com a raiva.
Pais: tomem cuidado com a forma de castigo que impõem, correções são necessárias, mas algumas atitudes dos pais podem agravar a situação, como por exemplo, agir com agressividade.
Professores: se a criança for muito pequena, não levem o desaforo para o lado pessoal, tentem conversar e entender como ela se sente, e o porquê de estar agindo de forma inadequada. Se for preciso, busque ajuda.
Para lidar com os pequenos, em qualquer contexto e ocasião, é indispensável que nós, adultos, tenhamos muita paciência e bom senso para direcioná-los. Nós somos, direta e indiretamente, responsáveis pelos adultos que eles se tornarão.