Significado da pascoa

Conheça o significado da Páscoa, a maior festa do calendário cristão.

Por que o coelho é o animal que simboliza a Páscoa?

Imagine que, na Páscoa, você recebeu em sua casa convidados muito especiais: habitantes de um planeta distante. Eles nunca tinham visto ovos de chocolate embrulhados em papéis coloridos, tampouco conheciam a figura do coelho da Páscoa. Encantados, os visitantes resolveram levar a comemoração para o seu planeta e o convidaram para ver o resultado. 
Quando você desceu da nave espacial, levou um susto. Os ETs não trocavam ovos de páscoa, mas jiló de Páscoa. E o símbolo da festa era uma girafa! Então, você disse que estava tudo errado! Intrigados, os extraterrestres começaram a perguntar: por que o símbolo da Páscoa é o coelho? Por que os terráqueos trocam ovos? Qual o problema com a girafa? Se você não tem uma resposta na ponta da língua, não se preocupe. Agora você vai ficar sabendo tudo sobre essa festa. 
Significado da pascoa
Significado da pascoa

A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach, que significa ressurreição, vida nova. Os antigos hebreus foram os primeiros a comemorar a Páscoa, que possui diversos significados. Em termos históricos, ela celebra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito e a passagem através do Mar Vermelho. Livres, eles passaram a formar um povo com uma religião e um destino comuns. É com o sentido de libertação que, até hoje, os judeus celebram esta festa. 

Os cristãos também comemoram a Páscoa. No entanto, o significado da festividade é diferente no cristianismo. Nela, celebra-se a ressurreição de Jesus Cristo que, segundo a bíblia, teria ocorrido três dias depois da sua crucificação. Ela é a principal festa do ano litúrgico cristão e, provavelmente, uma das mais antigas, pois surgiu nos primeiros anos do cristianismo. Ainda que todos os domingos do ano sejam destinados pelas igrejas cristãs de todo o mundo à celebração da ressurreição de Cristo (o que é feito por meio da eucaristia), no domingo de Páscoa, esse acontecimento ganha destaque, já que se festeja uma espécie de aniversário da ressurreição. 
A Páscoa é uma data móvel, que acontece anualmente entre 22 de março e 25 de abril. Como no Hemisfério Norte esse período coincide com a chegada da primavera, o Pessach também é a festa do início da colheita dos cereais e da chegada da nova estação . Ela é comemorada no primeiro domingo após a lua cheia do equinócio de março. O equinócio é o ponto da órbita da Terra em que se registra uma igual duração do dia e da noite. 
Mas há um modo mais fácil de saber quando é o domingo de Páscoa. Basta contar 46 dias a partir da quarta-feira de cinzas. A Páscoa cristã é antecedida pela Quaresma, período que dura 40 dias entre a quarta-feira de cinzas e o domingo de Ramos, que acontece uma semana antes da Páscoa. Os católicos destinam a Quaresma para fazer penitência, como o jejum, com o objetivo de libertar as pessoas dos pecados. 

Os símbolos da Páscoa

Por que existe a tradição dos ovos de chocolate e do coelho?
Os ovos tornaram-se símbolo oficial da Páscoa no século 18
. Agora que você já conhece o significado da Páscoa para cristãos e judeus, deve estar imaginando qual é o papel dos ovos de chocolate e do coelho da Páscoa na celebração e porque eles se tornaram símbolos da festa. Ambos foram trazidos de antigos rituais pagãos de fertilidade da primavera, que aconteciam na Europa e no Oriente Médio e eram relacionados com a ressurreição. 
O coelho da Páscoa representa a periodicidade humana e lunar, a fertilidade e o renascimento da vida. No Egito Antigo, a lebre era o símbolo da fertilidade. Na Europa, o coelho representa o renascimento da vida, pois, como já assinalamos, a Páscoa européia coincide com o início da primavera. É a época em que a neve derrete, a vida ressurge e os coelhos deixam suas tocas após a hibernação do inverno. 
Na festa da primavera, os chineses costumavam presentear os amigos com ovos. Eles embrulhavam os ovos com cascas de cebola e os cozinhavam com beterraba. Quando retirados do fogo, apresentavam desenhos mosqueados na casca. Os egípcios também distribuíam ovos no início da nova estação. No início do cristianismo, presenteava-se com alimentos. A partir do século 18, a Igreja adotou o ovo oficialmente como símbolo da Páscoa. Assim, os ovos tornaram-se o símbolo da ressurreição e da nova vida. A explicação mais provável para o surgimento da troca de ovos de chocolate na Páscoa foi o início da produção em larga escala de chocolate pela indústria em 1828. 
Como os primeiros cristãos celebravam a ressurreição de Jesus ao mesmo tempo em que os judeus comemoravam sua Páscoa, vários costumes e símbolos da festa judaica foram incorporados às tradições cristãs. O cordeiro (foto ao lado) é um exemplo. Presente na Páscoa dos judeus, ele simboliza para os cristãos o próprio Jesus Cristo, que foi crucificado para pagar os pecados dos homens. 
Alguns costumes da Páscoa permanecem apenas no Oriente. Na Rússia, por exemplo, há cristãos que se cumprimentam no dia da Páscoa com a saudação: “Cristo ressuscitou”; e a resposta: “Ressuscitou realmente”. Nos países ibéricos e em suas ex-colônias acontece a malhação do judas, hábito condenado pela Igreja Católica. As pessoas se reúnem no Sábado de Aleluia para linchar um boneco que simboliza Judas, apóstolo que traiu Jesus. 

Símbolos da páscoa

Círio Pascal

É uma vela onde estão inscritas as letras gregas alfa e ômega, simbolizando que Cristo é princípio, fim e ao mesmo tempo luz. 

Cordeiro

É um símbolo pascal na Europa Central e Oriental. Os cristãos costumam dizer que Jesus foi o cordeiro de Deus. Muitas pessoas servem esse animal como parte do banquete de Páscoa. Em muitas casas, um bolo em forma de cordeiro costuma decorar as mesas. 

Cruz da Ressureição

É o símbolo da religião cristã, representando sofrimento e ressurreição, pois Jesus foi crucificado, mas voltou à vida. 
Pão e Vinho 
Simbolizam o corpo e o sangue de Jesus e são dados aos discípulos para celebrar a vida eterna. 

Colomba ou pomba de páscoa 

Existem várias lendas que contam a origem da colomba pascal. Uma delas diz que no norte da Itália, na Lombardia, o vilarejo de Pavia seria invadido pelo exército de Albuino, o rei dos Lonbargos. Um confeiteiro do local resolveu preparar um presente para o invasor. Criou um bolo diferente, preparado com ricos ingredientes e assado no formato da pomba da paz. Quando recebeu o presente, o invasor ficou encantado com o sabor do bolo e com a sensível idéia e decidiu poupar o vilarejo do ataque. Esse bolo em formato da pomba da paz simboliza a vinda do Espírito Santo. A Bíblia conta que quando João Batista estava batizando Jesus, o Espírito Santo apareceu na forma de uma pomba. 

Coelho 

O coelho era símbolo de fertilidade no antigo Egito. Como esse animal se reproduz rapidamente e gera muitos filhotes, representa a fecundidade e a reprodução constante da vida e também a Igreja, que também pode ter novos discípulos sempre.
Uma lenda conta que uma mulher pobre pintou ovos e colocou-os escondidos num ninho para presentear os filhos num domingo de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um coelho passou e elas acreditaram que o animal trouxera o presente. 
O coelho como símbolo da Páscoa chegou ao Brasil pelos imigrantes alemães, entre 1913 e 1920. Na nossa tradição, o coelho esconde os ovos coloridos em ninhos para que as crianças possam procurá-los como presentes de Páscoa. 
Feliz Páscoa

Irmã Anny Niess *
“Porque ELE vive, posso crer no amanhã. Porque ELE vive, temor não há. Mas eu bem sei, eu sei que a minha vida está nas mãos do meu Jesus que vivo está!” 
Feliz Páscoa! De fato, temos toda razão em nos desejar mutuamente uma feliz Páscoa repleta de momentos alegres. Enquanto as crianças se divertem com ovinhos e coelhinhos de chocolate, nós, adultos, podemos apossar-nos dos “ovos espirituais” que Cristo nos providenciou com a sua ressurreição. Enquanto as crianças procuram seus tesouros em ninhos feitos pelas mãos dos pais, escutemos a Bíblia, o “ninho dos ovos espirituais”, para descobrir as bênçãos geradas pelo acontecimento do terceiro dia depois da morte de Cristo. Estão todas elas ao nosso dispor. Basta recebê-las como talentos a serem administrados em nosso dia-a-dia.
Algumas delas são:
1. A convicção inabalável de crer no Deus vivo e único – A Sexta-Feira Santa, o dia mais escuro da história, foi substituída pelo dia mais radiante de todos os séculos, o Domingo da Páscoa. Na ressurreição, Jesus Cristo cumpriu as profecias do Velho Testamento. A sua vitória sobre a morte selou o seu poder de Filho de Deus sobre o mundo, o diabo, o inferno e a morte. Ao compreender algo da dimensão da ressurreição, começaremos a apreciar a grandeza da salvação, refletida em um estilo de vida monitorado por valores “do alto”. Fará uma diferença positiva, onde quer que seja. 
2. A extensão imensurável da Salvação – Pela sua morte na Cruz do Calvário, o Filho do Deus encarnado tornou-se o Cordeiro pascal, reconciliando a criatura com o Criador e abolindo a sentença de morte causada pela queda do homem. Pela sua ressurreição, Cristo selou a salvação e justificação da alma redimida, provendo uma caminhada divinamente abençoada. Já, pensou? 
3. A alegria inefável de ser aceito por Deus como filhos, para seguirmos os seus caminhos e servi-lo como mordomos das Suas riquezas. Compensa unir-se à Família de Deus! Como filhos do dono do mundo descobriremos as verdadeiras fontes da felicidade incontaminada e independente de circunstâncias adversas! E por que recusar um tal “ovo espiritual”?
4. A tarefa intransmissível da evangelização do mundo. Foi logo nos primeiros encontros que o Ressurreto encarregou os seus discípulos de levar a mensagem do Evangelho “a todas as nações”. É nossa honrosa responsabilidade passá-la às pessoas que cruzam o nosso caminho. O mundo anseia por uma vida reconciliada e transformada por Deus. Será que meu vizinho, meu colega de trabalho e até meu inimigo enxergam em mim e ouvem da minha boca o Evangelho do Cristo vivo?
5. A esperança imutável da vida eterna e da comunhão infindável com Cristo na glória – Junto com os redimidos pelo sangue vertido do Cordeiro e reunidos nos quatro cantos do mundo, cantaremos, ornados pela vestidura branca da salvação, eternos louvores ao Triúno Deus, ecoando, assim, a mensagem pascal: “Porque ELE vive…” E porque ELE vive, o nosso mundo tem salvação.