SONDAGENS DIAGNÓSTICAS DE ESCRITA NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO

SONDAGENS DIAGNÓSTICAS DE ESCRITA NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO
SONDAGENS DIAGNÓSTICAS DE ESCRITA NO PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO
Com o foco principal no inicio do ano, as atividades diagnósticas ou avaliações diagnósticas é que dão a largada ao planejamento do professor, claro que devem ser recorrentes durante o ano, com frequência no mínimo bimestral ou quando surge a necessidade. A partir do diagnóstico é que o professor irá se nortear para que seu planejamento esteja de acordo com o nível da turma.
O diagnóstico garante o professor “enxergar” as dificuldades e necessidades globais que irá planejar para todos os alunos e as individuais, onde o aluno necessitará de acompanhamento individual e ainda as atividades que precisam de sistematização.

Ditado para classificar a hipótese em que o aluno se encontra:

Nunca devemos usar a expressão: “o fulano está (ou é) silábico alfabético”, a hipótese de escrita não é um estado, é apenas a interpretação que o aluno tem da escrita, principalmente em relatórios, sempre devemos deixar claro que “o aluno está escrevendo de maneira silábica alfabética”.
O ditado de palavras e frase deve ser de acordo com algumas considerações:
• O ditado é individual, de preferência uma folha sem pauta (pois o professor deve observar se o aluno usa ícones ou não sabe situar o espaço e direção da escrita).
• A folha pode ser um quarto de uma folha de sulfite, por exemplo.
• 4 palavras, sendo monossílaba, dissílaba, trissílaba e polissílaba, de um mesmo campo semântico; conforme o professor sentir insegurança no diagnóstico, poderá pensar em mais algumas, sem cansar o aluno.
• Ao final, ditar uma frase contendo uma das palavras para refletir se o aluno atribuiu o mesmo valor a elas.
• O professor não deve JAMAIS influenciar enquanto o aluno escreve, nesse momento ele tem que demonstrar o que já sabe do sistema de escrita.

Reflexão, registro e organização da sondagem:

Algumas escolas solicitam o registro escrito pelo professor, é bem cansativo ficar escolhendo palavras em relatórios às vezes de mais de 30 alunos, por isso é mais fácil se logo após a sondagem o professor anotar o que foi relevante e quando precisar fazer o relatório tem material anotado. Professor conhece seu aluno, o registro escrito é apenas uma formalidade.
Não tem sentimento melhor ao final do ano, em uma turminha de alfabetização, onde o professor compara as sondagens do ano e vê o avanço que o aluno teve, por isso é legal começar a montar uma pasta, ou colar em folhas de sulfite, para assim o acompanhamento ficar melhor visualmente.
É legal também manter uma tabela com o nome dos alunos e as hipóteses onde a cada bimestre é anotado o avanço.

Como interpretar as Hipóteses de Escrita

Há várias terminologias para diagnosticar a hipótese de escrita de uma criança, mas o exemplo a seguir, refere-se à Emília Ferreiro:
  •  Pré-silábica: coloca letras aleatórias, muitas vezes misturando desenhos para se orientar, relaciona o tamanho do significado com a quantidade de letras, quando aprende as letras do nome, pode usá-las para escrever de seu jeito outras palavras.
  • Silábica: a escrita silábica é quando o aluno começa a estabelecer relação entre a fala e o registro, normalmente utiliza uma letra (a qual tem familiaridade sonora) para determinada sílaba, como H para sílaba GA, ou só uma vogal da sílaba ou só a consoante. Outro exemplo, para escrever FORMIGA – OIH – FMA – OIA
  • Silábica Alfabética: é a transição para a hipótese alfabética, quando se encontra nessa hipótese o aluno escreve ora atribuindo valor sonoro a apenas uma letra para o fonema, como na hipótese anterior, ora utilizando a representação convencional do fonema. Por exemplo, para escrever FORMIGA – FOMGA – FOMIHA
  • Alfabética: aqui o aluno compreendeu como é o sistema de escrita, escreve convencionalmente, mas sempre lembrando que nossa língua é difícil e o aluno provavelmente ainda precisa das correções ortográficas.
Obs.: A sondagem é para efeitos de diagnóstico de hipótese de escrita, necessariamente ela é destinada ao aluno que ainda está em processo de alfabetização.